As receitas da Meta, empresa antes conhecida como Facebook, aumentaram 3% no primeiro trimestre de 2023, encerrando uma sequência de três trimestres consecutivos de queda.
A receita total do período alcançou US$ 28,65 bilhões, ultrapassando as expectativas dos analistas, que previam US$ 27,65 bilhões. Esse resultado positivo impulsionou as ações da empresa em 12%.
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Queda nos lucros e aumento de despesas e número de usuários
Além disso, os aplicativos da Meta, incluindo Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger, registraram um aumento de 5% no número de usuários ativos mensais e diários, em comparação com o ano anterior.
Porém, nem todas as notícias são positivas. Os lucros caíram 24%, totalizando US$ 5,71 bilhões. As despesas, por outro lado, aumentaram 10%, chegando a US$ 21,42 bilhões.
Parte desses custos está relacionada às demissões em massa realizadas pela empresa, que totalizaram gastos de US$ 1,14 bilhão em reestruturação. Para os leigos, demissão quer dizer que a empresa está economizando, afinal de contas, não irá mais pagar o salário daquele funcionário. Mas uma demissão envolve também o pagamento de multas e indenizações.
A Meta espera que esses custos escalem até US$ 5 bilhões ao longo de 2023. Apesar disso, os investidores parecem ter recebido bem a estratégia de enxugamento da empresa, que já resultou no corte de cerca de 21.000 empregos.
O tal “ano da eficiência”
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, vem enfatizando que 2023 é o “ano da eficiência” para a companhia. Ele reiterou essa mensagem no comunicado aos investidores, afirmando que a Meta está trabalhando para se tornar mais eficiente e desenvolver produtos melhores e mais rápidos, fortalecendo assim sua posição para cumprir sua visão de longo prazo.
A aposta da Meta no metaverso, por meio da divisão Reality Labs, continua a enfrentar desafios. A unidade gerou receitas de US$ 339 milhões, mas registrou um prejuízo operacional de US$ 3,99 bilhões. A empresa alerta que as perdas operacionais na Reality Labs devem aumentar ainda mais este ano.
Apesar do aumento nas receitas e do otimismo com as medidas de eficiência, a Meta ainda enfrenta um mercado de publicidade online em declínio e os efeitos persistentes da atualização de privacidade do iOS da Apple, que limitou significativamente as capacidades de segmentação de anúncios.
A Meta também anunciou que espera que as despesas totais em 2023 fiquem entre US$ 86 bilhões e US$ 90 bilhões. O investimento em inteligência artificial e em produtos sustentados por anúncios, como o feed de notícias e o Reels, deverá manter os gastos com capital entre US$ 30 bilhões e US$ 33 bilhões.
Embora a Meta ainda tenha um longo caminho a percorrer para recuperar o valor de mercado perdido em 2022, a melhora nos resultados do primeiro trimestre de 2023 e as medidas de reestruturação adotadas pela empresa sinalizam um futuro mais promissor para a gigante das redes sociais.
Fontes: Meta via CNBC e Reuters
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