A Sony está prestes a lançar seu mais recente dispositivo, o PlayStation Portal, que chegará ao mercado em 15 de novembro ao preço de $199.99. Este novo gadget, destinado a proporcionar uma experiência única de streaming de jogos, tem como objetivo principal transmitir jogos via Wi-Fi diretamente do seu PlayStation 5 residencial.
No entanto, vale ressaltar que a posse do console de alta qualidade da Sony é um pré-requisito para usar este novo dispositivo. Então, no fim das contas, para que ele serve mesmo?
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5 coisas que você precisa saber sobre o PlayStation Portal
Playstation Portal não conta com streaming
Um dos detalhes mais importantes a se ressaltar ao falar do PlayStation Portal é que ele não oferece a funcionalidade de streaming em nuvem como acontece com o Nvidia’s Geforce Now ou até mesmo a assinatura PlayStation Plus Premium da própria Sony lá fora.
Ou seja, não dá para rodar os jogos longe do seu PlayStation, essa não é a intenção aqui. Além disso, ele não pode ser usado para outro tipo de entretenimento, já que não é capaz de executar qualquer coisa localmente, incluindo aplicativos como YouTube ou Netflix.
O foco do Portal é claro: é construído para utilizar um recurso específico que a Sony introduziu pela primeira vez em 2006, durante a era do PS3 e PSP. Esse recurso, curiosamente, já está disponível em muitos outros dispositivos, levantando a questão inevitável: por que o PlayStation Portal existe?
O pessoal do The Verge já conseguiu testar o dispositivo mas para eles a pergunta ainda continua sem uma resposta definitiva.
Especificações técnicas e requisitos
O hardware do Portal é uma combinação peculiar, parecendo um controle DualSense dividido por uma tela LCD de oito polegadas, literalmente.
A tela laminada conta com uma resolução de 1080p e uma taxa de atualização máxima de 60Hz, suficiente para um display dessa dimensão. O dispositivo suporta Wi-Fi 5 (802.11ac), apresenta uma bateria não removível de 4.370mAh carregada via USB-C, alto-falantes estéreo de disparo superior, uma entrada para fone de ouvido de 3,5 mm e se conecta aos novos fones de ouvido PlayStation Link da Sony para áudio sem perdas.
Vale ressaltar que o Portal não oferece conectividade Bluetooth. Apesar de suas especificações técnicas não serem extraordinárias, é importante lembrar que é o PS5 que faz todo o trabalho pesado.
Experiência de uso e design ergonômico
Se você já teve a experiência de segurar um controle DualSense, a sensação de manusear o Portal será familiar. Ele parece exatamente como se imagina: um DualSense dividido ao meio para acomodar uma tela de toque de proporção 16:9 no centro.
O dispositivo mantém as características inteligentes dos hápticos e gatilhos adaptativos do DualSense. Contudo, por ser um DualSense padrão, há o risco de os analógicos apresentarem problemas após meses ou anos de uso intenso.
Isso, no entanto, é um problema que até mesmo o DualSense Edge, igualmente caro, está sujeito, embora possa ser remediado com módulos de manche substituíveis.
O Portal pode parecer um pouco estranho e volumoso, mas não é excessivamente pesado, pesando cerca de 530 gramas. Isso o torna mais de 100 gramas mais pesado do que um Nintendo Switch OLED, mas mais de 100 gramas mais leve do que o robusto Steam Deck.
Em comparação a um Switch com os controladores Joy-Con padrão, a diferença de peso é compensada pelos grandes punhos, proporcionando conforto para sessões de jogo prolongadas.
Experiência inicial de jogos com o dispositivo
Durante a experiência com o PlayStation Portal, eles rodaram alguns títulos do PS5, como Resident Evil 4, Armored Core VI Fires of Rubicon e Astro’s Playroom. A experiência é, de certa forma, familiar.
O Portal oferece, em grande parte, a mesma experiência que outras soluções de streaming, como o Remote Play, proporcionando a transmissão de jogos do PS5 para diferentes dispositivos. A diferença notável é que o PlayStation Portal é uma solução dedicada, simplificando o processo.
Os jogos que se adaptam melhor ao streaming, principalmente os que não precisam de reações rápidas com timing perfeito, que parecem ser os mais adequados para o Portal. Como em qualquer dispositivo de streaming, a qualidade pode parecer quase impecável em alguns momentos, mas pode haver momentos em que se percebe alguma artefatação proeminente ao olhar mais de perto.
E, claro, ainda pode haver momentos em que as coisas não correm como esperado, ou o Portal não se conecta imediatamente ao PS5, o que acaba sendo esperando já que ele depende de uma conexão Wi-Fi que pode se tornar instável por diversos motivos.
Conclusão: o PlayStation Portal serve para que?
Com isso, mesmo depois de algumas horas de uso, ainda é preciso ter mais contato com o PlayStation Portal para decidir realmente se ele conta com algumas vantagens ou diferenças em relação a outros controladores do tipo, como o Backbone One. Inicialmente, o dispositivo parece ser dedicado mesmo para os consumidores mais fanáticos da PlayStation que pretendem ter um aparelho dedicado para transmitir os jogos em casa.
Em algumas ocasiões ele pode chegar a ser útil, como quando a TV está ocupada por outra pessoa, ou quando se quer jogar em outro cômodo que não tenha uma TV como na varanda, na cozinha ou no banheiro. Mas, ainda assim, esse parece ser um uso muito limitado e não muito tentador quando se fala de um aparelho que custa US$ 200, o que pode ser considerado um preço bem alto para um acessório que precisa de um console que custa mais que o dobro para funcionar.
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