Vidas alienígenas, naves espaciais de outro planeta e tudo o que envolve seres extraterrestres habitam o imaginário popular há séculos. E não podemos negar que são coisas fascinantes. É por isso que notícias como essa que vou relatar agora chamam tanto a atenção.
OVNI é avistado em voo para Fortaleza
Em 2014, um piloto da Gol em rota para Fortaleza teve que fazer uma manobra rápida. Um documento do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), guardado no Arquivo Nacional, diz que foi para evitar um OVNI — objeto voador não identificado.
O incidente rolou por volta das 12h10. O voo 9109 tinha saído de Brasília e, voando perto de Quixadá, a uns 170 km de Fortaleza, o piloto viu “um objeto grande e branco, voando muito rápido“. Ele disse que o objeto ia de leste para oeste, fazendo zigue-zague e sem deixar rastro. Isso tudo aconteceu quando o avião estava entre 10 e 10,6 km de altura, se preparando para descer.
Outros dois voos também viram o OVNI, só pelo TCAS — um sistema que avisa quando tem que subir ou descer pra não bater em outra aeronave. Eles falaram que o objeto passou voando rápido e em zigue-zague.
Mais tarde, às 12h53, o piloto de um voo entre Alagoas e Piauí também viu o OVNI. Estava a 3,2 km de altura e confirmou que era branco. Teve que fazer a mesma manobra dos outros pra não colidir.
Quixadá já tem um histórico de avistamento de OVNIs
Eu sou cearense. E como tal, conheço muito bem as lendas e histórias da região. Caso um dia você tenha a oportunidade de visitar a cidade e conversar com seus moradores, não terá dificuldade em encontrar pessoas que afirmam ter visto alguma coisa estranha no céu. E isso não é de hoje não, viu?
A renomada escritora cearense Rachel de Queiroz encerrou sua coluna na revista Cruzeiro do dia 14 de maio de 1960 com as palavras “EU VI”. A escritora estava descrevendo uma luz alaranjada que testemunhou com a irmã, o marido e os trabalhadores da fazenda “Não Me Deixes”, localizada em um distrito de Quixadá.
Apesar de ser cética e ter o costume de observar o céu, algo que se refletia em suas obras como “As Três Marias” de 1939, Rachel chamou a atenção para o fenômeno que presenciou. Ela descreveu o objeto envolto em um halo luminoso e nebuloso, que mudava de intensidade e velocidade enquanto se movia horizontalmente, até desaparecer após mais de dez minutos.
Rachel relatou que cerca de vinte pessoas presenciaram o mesmo fenômeno no terreiro da fazenda. Inclusive trabalhadores que moravam a quilômetros de distância confirmaram a visão ao chegarem para o trabalho na manhã seguinte.
Paulo, um jovem de aproximadamente 20 anos que vivia na fazenda, foi uma das testemunhas. Anos depois, ele compartilhou sua experiência com Weliston Paiva, coronel da reserva da Polícia Militar, piloto de helicóptero e estudioso de ufologia no Ceará. Weliston destaca que o relato de Rachel e o “caso Barroso” foram pioneiros em trazer notoriedade para Quixadá no contexto ufológico.
O “caso Barroso”, ocorrido em 3 de abril de 1973, é outro evento marcante da região. Francisco Barroso, um agricultor de 45 anos, foi atingido por um raio emitido por uma suposta nave alienígena enquanto estava na estrada da fazenda. Encontrado inconsciente por um vaqueiro, Barroso apresentou regressão mental após o incidente.
“Ele faleceu com a mente de uma criança de um ano e seis meses e com a pele muito jovem, pois ela não envelhecia. As pessoas tinham que alimentá-lo e ele desenvolveu um medo intenso de flashes de câmera. Pessoas do mundo todo, incluindo da Alemanha, Japão e Estados Unidos vieram acompanhar seu caso“, lembra Weliston.
Desde a década de 1950, Quixadá tem sido cenário de diversos relatos de avistamentos e contatos extraterrestres. Apesar de intrigantes, muitos desses casos podem estar relacionados à “epidemia dos discos voadores” que ocorreu globalmente durante a Guerra Fria.
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