Na manhã desta quarta-feira (4/9), a Polícia Federal, com o apoio da Corregedoria da Receita Federal, deflagrou a Operação Handbrake, com o objetivo de desfazer uma organização criminosa especializada em contrabando e descaminho de produtos eletrônicos de alto valor.
O grupo atuava principalmente nos estados do Nordeste brasileiro e envolvia o contrabando de diversos itens de valor, principalmente iPhones.
Leia também:
Mulheres são presas no aeroporto de Guarulhos tentando levar selos da Anatel para a China
Polícia Federal apreende R$ 3 milhões em produtos da Apple no aeroporto de Belém
Operação da Receita e organização criminosa
A operação envolveu mais de 60 agentes da Polícia Federal e 14 servidores da Corregedoria da Receita Federal, que cumpriram 15 mandados de busca e apreensão nos estados da Bahia, Piauí e Pará.
Como resultado, 4 servidores da Receita Federal (RFB) foram afastados de seus cargos, e a Justiça também autorizou o sequestro de bens e o bloqueio de valores dos investigados, totalizando até R$ 20 milhões.
As investigações revelaram um esquema sofisticado, com diferentes indivíduos atuando em diversas frentes. O grupo contava com membros responsáveis por facilitar a saída dos produtos no exterior, outros encarregados de receber e distribuir os eletrônicos no Brasil, além de servidores da Receita Federal que permitiam a entrada dos itens sem a devida fiscalização.
Foi constatado que alguns dos servidores da Receita Federal, que agora foram afastados de seus cargos, já haviam enfrentado processos administrativos por suspeita de envolvimento com os mesmos alvos investigados nesta operação.
Investigação e flagrantes
As investigações tiveram início em janeiro de 2024, e, ao longo desse período, três flagrantes de transporte irregular de eletrônicos foram realizados. Esses flagrantes ocorreram em Juazeiro (BA), Belém (PA) e Guarulhos (SP). A operação estima que o grupo movimentou aproximadamente R$ 70 milhões entre abril de 2023 e agosto de 2024 com o contrabando de eletrônicos.
Os membros da organização criminosa podem responder pelos crimes de organização criminosa, contrabando, descaminho, facilitação de contrabando e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados por todas as acusações, as penas somadas podem chegar a 39 anos de reclusão.
A Operação Handbrake é mais um exemplo do esforço das autoridades brasileiras em combater o crime organizado e a corrupção dentro de órgãos públicos, garantindo que aqueles que agem fora da lei sejam responsabilizados. A investigação continua, e novas ações podem ser desencadeadas nos próximos meses para assegurar que toda a rede criminosa seja completamente desarticulada.
Fonte: gov
Deixe seu comentário