Nos últimos quatro anos, a Petrobras tem sido a campeã da América Latina no ranking do Top500.org, que avalia os maiores supercomputadores do mundo.
Agora, a empresa planeja reforçar seu parque tecnológico com cinco novos supercomputadores, investindo um total de R$ 500 milhões. Uma dessas máquinas, com poder de processamento comparável a cerca de 10 milhões de celulares e 200 mil notebooks, custará R$ 435 milhões.
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Com essa compra, a Petrobras espera manter a liderança em capacidade computacional e ecoeficiência. A montagem das máquinas começará este ano e elas estarão operacionais em 2025.
Novos supercomputadores serão usados para processamento sísmico
“A compra dos novos supercomputadores é estratégica para mantermos a liderança tecnológica no setor de óleo e gás, especialmente em imageamento sísmico em subsuperfície,” diz Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras. “Com esses equipamentos atualizados, poderemos ampliar nossos projetos de processamento sísmico usando as tecnologias mais avançadas.“
Os geofísicos da Petrobras usarão o novo HPC para processar dados sísmicos brutos e transformá-los em imagens detalhadas do subsolo, criando mapas 3D das camadas rochosas com alta precisão. Isso é crucial para encontrar possíveis reservatórios de petróleo e gás.
Sylvia destaca que a renovação e ampliação da capacidade de processamento trará resultados mais rápidos e precisos, ajudando nos desafios de operação em águas ultra profundas e novas áreas exploratórias, como o pré-sal e a Margem Equatorial.
“Imagens mais detalhadas nos ajudam a identificar com mais precisão áreas potenciais, diminuir riscos exploratórios e melhorar a simulação dos reservatórios, levando a uma produção mais eficiente,” acrescenta Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos. “Estar entre os líderes em capacidade computacional permite competir globalmente, atrair parcerias e oportunidades de negócio.”
Detalhes dos supercomputadores
A atualização dos supercomputadores está alinhada à estratégia da empresa, conforme o Plano Estratégico 2024-28. O novo HPC pesará cerca de 50 toneladas e terá 50 metros de comprimento. Ele será capaz de realizar cerca de 73 petaflops (PFlops), onde um petaflop equivale a um quatrilhão de operações por segundo. Quando estiver pronto, ele substituirá os HPCs Fênix, Atlas e Dragão.
Esse novo supercomputador será o mais ecoeficiente da América Latina, otimizado para alto desempenho com baixo consumo de energia. A sustentabilidade foi considerada desde o início do projeto, incluindo a escolha de tecnologias eficientes e o design da sala que vai abrigar a máquina, pensada para minimizar o uso de energia.
Os cinco novos supercomputadores são da Lenovo, empresa que ganhou a licitação.
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