No ano passado as inúmeras explosões do Galaxy Note 7 causaram grande repercussão, e embora a Samsung ainda não tenha revelado o motivo oficial para o problema, tudo indica que a bateria foi a grande responsável, isso aliado ao design agressivo do aparelho, que permitia que o polo positivo se encontrasse com o negativo, causando superaquecimento e a explosão.
Além das inovações em design, câmera e processador, a bateria é um item que acaba atraindo a atenção de usuários de smartphones, por exemplo, além de uma maior autonomia a questão da segurança é cada vez mais importante. Em entrevista a BBC, Ian Fogg, analista da IHS, há sempre uma enorme pressão para melhorar a tecnologia das baterias, e que essa é uma das áreas que mais tem atrasado os dispositivos móveis e outros produtos. Porém melhorar a bateria é sempre algo complicado, já que há sempre o risco de falha.
Pesquisadores da Universidade de Stanford estão desenvolvendo uma bateria de ion de lítio, utilizada na larga maioria dos aparelhos atualmente, que conta com uma espécie de “extintor de incêndio integrado”. Esse “extintor” é um componente chamado “fosfato de trifenila”, que ficará integrado às fibras de plástico que impedem que os eletrodos positivos e negativos se encontrem. Caso a bateria alcance a temperatúra de 150ºC as fibras se derretem, e o tal “fosfato de trifenila” entra em ação, neutralizando uma explosão eminente.
Normalmente a indústria utiliza o polietileno para separar os eletrodos positivos e negativos, e isso funciona bem, porém em situações de alto aquecimento isso é rompido e os eletrodos acabam se encontrando e como não há nada interno que possa dissipar a alta temperatura a explosão acontece. Na proposta de Stanford esse agente neutralizador seria o “fosfato de trifenila”, que também seria envolvido com um polímero para evitar queda no rendimento da bateria. De acordo com a revista Science Advances, as chamas foram dissipadas em 0,4 segundos.
“O desempenho químico não será afetado pelo retardador de chama em condições normais. No entanto, uma vez que a temperatura subir potencialmente, ele será ativado para impedir o fogo ou a explosão”, explica Yi Cui, responsável pelo projeto.
Por enquanto a bateria ainda está em testes, não há previsão de lançamento no mercado. O que você achou da ideia? Deixe abaixo nos comentários