Pela primeira vez na história, Israel usou forças armadas para responder a um ataque cibernético. O incidente ocorreu no último sábado (4), quando a Força de Defesa de Israel (IDF, em inglês) lançou um ataque aéreo a um prédio localizado na Faixa de Gaza. A IDF investigou e descobriu anteriormente que o prédio é a sede do grupo de hackers da organização Hamas, que atacou o ciberespaço do governo israelense.
Nas palavras do General da Brigada do Exército de Israel, Ronen Israel Manlis “estávamos na frente deles o tempo todo, mas esperamos que eles atacassem primeiro, no entanto, eles falharam e nós respondemos imediatamente e neste momento Hamas já não tem operações cibernéticas “. O ataque foi realizado graças à cooperação entre o exército israelense e o serviço de segurança Shin Bet.
Autoridades israelenses não divulgaram detalhes do ataque aéreo. Mas eles disseram antes da ação que que a IDF havia prevenido prontamente os ataques cibernéticos do grupo hacker do Hamas. “Depois de parar o ataque cibernético, a Força Aérea começou a lançar um ataque no lado físico para acabar com a resposta da organização do Hamas”. A ação foi uma resposta direta ao lançamento de pelos menos 600 foguetes pelo Hamas.
Militares israelenses disseram que o ciberataque foi realizado na mesma época em que o Hamas disparou foguetes contra o território israelense. “O Hamas não possui mais a capacidade de atacar a rede depois de ser atacado por nós, acrescentou um porta-voz israelense.
Em 2015, os Estados Unidos foram o primeiro país a usar a força militar para responder a um ataque cibernético. A Força Aérea dos EUA usou aviões não tripulados para matar Junaid Hussain, responsável pelos ataques cibernéticos do Estado Islâmico.
Porém no caso desse episódio em Israel há um diferença na forma como a tomada de decisão foi colocada em prática. Este foi o primeiro ataque na história que um país imediatamente adotou uma resposta militar, em vez de esperar alguns meses para o planejamento do ataque.