O empresário Elon Musk, proprietário da plataforma X, trouxe à tona a ideia de que a rede social anteriormente conhecida como Twitter pode não mais permanecer como um serviço gratuito.
A notícia veio durante uma conversa transmitida ao vivo pela plataforma com o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na última segunda-feira, onde Musk revelou que a empresa está considerando a implementação de uma “pequena taxa mensal” para a utilização do sistema X.
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Musk acredita que taxa possa evitar bots
Segundo o empresário, essa é a única maneira que ele consegue vislumbrar para combater os grandes números de bots presentes na plataforma. Ele explicou que, atualmente, os bots têm um custo extremamente baixo, equivalente a uma fração de centavo, mas, ao impor uma taxa, mesmo que pequena, o custo efetivo de operar bots se tornaria consideravelmente mais alto.
Além disso, a exigência de um novo método de pagamento a cada criação de bot dissuadiria a prática. Elon Musk não especificou o valor exato da nova “mensalidade”, mas a descreveu como uma quantia “modesta”.
Não é a primeira vez que ele considera a ideia de tornar a plataforma inteira do Twitter paga. No ano passado, houve relatos de que ele estava analisando a possibilidade de colocar todo o Twitter atrás de um paywall (barreira de pagamento).
Embora Musk não tenha entrado em detalhes sobre quais serão os planos para a cobrança pelo uso do X ou uma data específica para a implementação dessa mudança, vale lembrar que a plataforma já tem a sua opção de assinatura paga desde que ele assumiu o controle dela no ano passado.
O X Premium (anteriormente conhecido como Twitter Blue) é um serviço de assinatura que oferece uma variedade de recursos e vantagens, como a capacidade de editar postagens, uma redução na quantidade de anúncios exibidos, priorização nas classificações de pesquisa e conversas, a possibilidade de escrever postagens mais extensas e muito mais.
Aqui no Brasil, ele custa no mínimo R$ 42 por mês, com um desconto na opção de assinatura anual. Nos Estados Unidos o valor é de US$ 8.
X já conta com 550 milhões de usuários mensais
Durante a conversa, Musk também compartilhou novos dados sobre o X, destacando que a plataforma agora conta com 550 milhões de usuários mensais, responsáveis pela geração de 100 a 200 milhões de postagens diárias.
Porém, não ficou claro se esses números incluem contas automatizadas, como bots benignos, como feeds de notícias, ou bots maliciosos, como spammers.
Essa métrica não permite uma comparação direta com a base de usuários anterior do Twitter antes da aquisição por parte de Musk, já que na época a plataforma costumava utilizar uma métrica específica chamada “usuário diário ativo monetizável médio” (mDAU) para calcular o número de usuários que poderiam ser monetizados por meio da visualização de anúncios.
No último relatório público referente ao primeiro trimestre de 2022, o Twitter relatou 229 milhões de mDAUs.
Apesar disso, o X não revela publicamente quantos assinantes pagos possui, e análises independentes sugerem que o X Premium não conquistou a maioria dos usuários da plataforma. Um estudo, por exemplo, indicou que apenas 827.615 usuários estão atualmente inscritos no X Premium.
Além da questão da cobrança, a conversa entre Elon Musk e Benjamin Netanyahu se concentrou na tecnologia de Inteligência Artificial (IA) e sua regulamentação. No entanto, o tópico do discurso de ódio na plataforma X também surgiu durante a discussão. Musk destacou que é contra o antissemitismo e qualquer forma de conteúdo que promova o ódio e o conflito. É importante observar que recentemente Elon Musk ameaçou processar a Liga Anti-Difamação, que acusou tanto ele quanto o X de promoverem o antissemitismo.
Fonte: techcrunch
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