Uma ofensiva sem precedentes contra a pirataria de animes no Brasil resultou no fechamento de 36 sites especializados em distribuição ilegal desse tipo de conteúdo. A ação, denominada “Operação Animes“, foi liderada pela CODA (Content Overseas Distribution Association) e faz parte da já conhecida “Operação 404”, que visa combater a pirataria no país.
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36 sites foram fechados por violação de direitos autorais
A iniciativa resultou na desativação de 31 sites diretamente envolvidos na distribuição ilegal de animes, enquanto outros cinco optaram por encerrar suas atividades após serem abordados pelas autoridades.
Entre os sites afetados, destacam-se os populares Goyabu, Animeyabu, Animes Vision e BetterAnimes. Pelo menos em teoria, ao tentar acessar esses endereços, os visitantes deveriam se deparar com uma mensagem da CODA informando que o site foi fechado por violação de direitos autorais. Mas em meus testes, eu consegui acessar a maioria dos sites sem problemas.
A pirataria de animes no Brasil é um problema que persiste há anos. As autoridades têm enfrentado dificuldades para identificar e responsabilizar os líderes desses movimentos. Muitos desses sites ocultam seus IPs, dificultando o rastreamento e a identificação de seus responsáveis. A “Operação Animes” representa um avanço significativo na luta contra a pirataria de conteúdo asiático no país.
Juntos, os sites piratas tinham mais de 83 milhões de visitas mensais
Segundo dados divulgados pela CODA, nos últimos três meses, os sites de animes piratas fechados receberam cerca de 83 milhões de visitas mensais. Ao longo da operação, 22 desses sites entregaram seus domínios à associação. Esta foi a primeira vez que a CODA apresentou denúncias criminais contra sites de pirataria direcionados a espectadores estrangeiros.
Com o fechamento dessas plataformas ilegais, é provável que os fãs de animes busquem alternativas legais para assistir a esse tipo de conteúdo. Plataformas como Crunchyroll, Netflix e outros serviços de streaming oferecem vastos catálogos de animações asiáticas e têm registrado um aumento no interesse do público, conforme aponta o Google Trends.
A CODA afirma que a existência de sites piratas prejudica o sucesso de distribuidores legítimos na América Latina, que trabalham com conteúdo japonês licenciado. A associação planeja continuar tomando medidas proativas no exterior para criar um mercado saudável onde os operadores autorizados de animes possam conduzir negócios adequadamente e distribuir produtos licenciados.
Fonte: CODA
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