Não sei se você lembra, mas no finalzinho de janeiro a Neuralink, startup fundada pelo polêmico Elon Musk, fez o primeiro implante de chip cerebral em um humano. Quais foram os resultados? Na última segunda-feira (19), Elon Musk compartilhou os primeiros resultados do paciente paralisado que vive com um chip cerebral da Neuralink. E eles são animadores.
O chip permitiu que o paciente controlasse o cursor do mouse com a mente, mostrando uma recuperação satisfatória e sem efeitos adversos conhecidos após a operação de inserção do dispositivo.
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Avanços do primeiro chip da Neuralink
Durante uma apresentação na plataforma Spaces do X/Twitter, Musk revelou: “Estamos vendo progresso encorajador; o indivíduo em questão recuperou-se completamente e, até onde sabemos, não enfrenta efeitos colaterais.” Ele adicionou que o paciente consegue navegar o cursor na tela simplesmente usando seus pensamentos.
Esse feito marca um dos primeiros objetivos alcançados pelo estudo clínico fase 1 chamado Prime (Precise Robotically Implanted Brain-Computer Interface), que numa tradução literal significa “Interface Cérebro-Computador Implantada com Precisão Robótica”. Isso significa que o chip foi implantado no cérebro do paciente através de um robô, aumentando a precisão da operação. Musk confirmou o sucesso da operação.
Com esses avanços, espera-se que mais indivíduos paralisados participem do experimento, que recebeu sinal verde da FDA, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA, em maio de 2023.
Feito ainda carece de confirmação científica
No entanto, é importante ressaltar que até agora nenhuma publicação científica ou pré-publicação detalhando o desempenho do primeiro participante a usar o chip Neuralink para controlar dispositivos com o pensamento foi disponibilizada. Demonstrativos práticos do uso do implante também não foram apresentados.
É importante notar que a primeira inserção de um chip Neuralink em humano ocorreu em janeiro deste ano. Musk, posteriormente, informou que o primeiro paciente estava se recuperando promissoramente. As expectativas continuam altas, considerando que a tecnologia já atingiu parte de seus objetivos iniciais.
Contudo, ainda é preciso esperar mais tempo para uma confirmação completa do sucesso desta tecnologia de interface cérebro-computador, devido aos riscos de infecção no local do implante e outros potenciais problemas ainda desconhecidos.
Para diminuir os riscos associados a este tipo de cirurgia, considerada altamente invasiva e criticada por diversos especialistas em neurociência, a Neuralink desenvolveu o robô cirúrgico R1. Este robô é projetado para apoiar os cirurgiões na implantação do chip, visando reduzir as chances de complicações.
Fonte: Reuters
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