Nova IA “super avançada” da OpenAI não deve ser tão avançada assim, dizem especialistas

Nova IA “super avançada” da OpenAI não deve ser tão avançada assim, dizem especialistas

Você está lembrado da suposta inteligência artificial “super avançada” que a OpenAI estaria desenvolvendo? Semana passada nós publicamos uma notícia aqui mostrando que essa nova IA teria sido um dos motivos para a demissão repentina de Sam Altman. Mas será que ela é tudo isso mesmo?

Pois bem, pesquisadores da área de inteligência artificial expressaram dúvidas quanto à suposta nova IA da OpenAI, conhecida como Q* ou Q-Star. Essa nova inteligência artificial, focada na resolução de problemas matemáticos, utiliza habilidades de raciocínio avançado. Recentemente, a Q-Star foi mencionada em relação à demissão, seguida pelo rápido retorno do CEO da OpenAI, Sam Altman.

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Q-Star usa um método de aprendizagem avançado

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Especialistas que debateram sobre a Q-Star na plataforma X, anteriormente chamada Twitter, a enxergam mais como uma evolução dos projetos atuais da OpenAI do que uma inovação radical.

Eles sugerem que o “Q” em seu nome pode aludir à técnica de “Q-learning”, um método de ensino para modelos de IA baseado em recompensas para ações apropriadas. Caso você não saiba, o Q-learning é uma abordagem de aprendizado de máquina onde um algoritmo, de forma independente, aprende a fazer escolhas ideais em um determinado ambiente.

Q-Learning

O foco principal é sobre como o algoritmo deve agir em cada situação. Com o método Q-learning, o algoritmo explora o ambiente, experimentando diferentes ações e aprendendo com os erros e acertos. A cada ação, ele recebe uma recompensa (ou penalidade), e o objetivo é aprender uma estratégia que maximize as recompensas.

O interessante do Q-learning é que ele não requer um modelo prévio do ambiente, tornando-o aplicável a uma variedade de situações complexas. Com o tempo, o algoritmo desenvolve uma espécie de mapa interno, chamado de “tabela Q”, que guia suas decisões futuras com base nas experiências passadas. Essa capacidade de aprender com a experiência direta, sem a necessidade de intervenção humana, faz do Q-learning uma técnica poderosa e flexível no campo da inteligência artificial.

Apesar de avançados, os conceitos não são novos

OpenAI

Além disso, o asterisco em seu nome pode fazer referência ao algoritmo “A*”, utilizado para analisar e traçar rotas em grafos. Contudo, nem o Q-learning nem o A* são conceitos novos no campo da IA, o que leva os pesquisadores a descartar a ideia de que a Q-Star represente um avanço significativo em direção à inteligência artificial geral (AGI), uma IA capaz de realizar tarefas humanas.

Katie Collins, da Universidade de Cambridge, em entrevista à MIT Technology Review, comentou que resolver questões matemáticas básicas está longe de ser comparável a avanços significativos em matemática, como os alcançados por laureados com a medalha Fields, o mais prestigiado reconhecimento na matemática.

Eu não considero que isso [resolver problemas matemáticos] nos levaria imediatamente a uma AGI, ou a situações assustadoras”, disse a pesquisadora.

Q-Star entrou no radar na semana passada

Q-Star

A Q-Star ganhou atenção da mídia na semana passada, após relatos, baseados em fontes anônimas da Reuters, de que pesquisadores da OpenAI teriam informado o conselho administrativo da OpenAI sobre o progresso com este algoritmo específico.

Daí, o CEO da companhia, Sam Altman, estaria dando pistas sobre a descobertas em entrevistas e até mesmo no Reddit. Porém, fontes do renomado site The Verge dizem que o conselho da OpenAI nunca recebeu esta carta. As fontes dizem também que a demissão de Sam Altman não teve relação com os avanços da Q-Star.

Fontes: TechCrunch, MIT Technology Review, The Verge

Sobre o Autor

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Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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