A Nokia estã em uma espiral descendente desde o final de 2009, coincidindo com a popularização do Android. Embora as vendas de aparelhos de baixo e médio custo com o Symbian e o S40 continuem fortes, a empresa já perdeu quase todo o mercado de aparelhos high-end (onde apenas o N8 resiste) e agora está sendo desafiada também no mercado de médio custo, com os ataques de Androids acessíveis da LG, ZTE e outras.
A Nokia continua produzindo aparelhos bastante sólidos em termos de hardware, mas a falta de um sistema operacional competitivo está realmente prejudicando as vendas. A situação é tão desesperadora que a empresa anunciou recentemente a troca do CEO, dando lugar para Stephen Elop, que vem da Microsoft.
A mudança deu força aos rumores de que a empresa está para anunciar um pacto com a Microsoft em torno do Windows Phone 7 (já reportado até pelo New York Times), que poderia ser uma cartada desesperada para tentar conter o avanço do Android. Os reviews de aparelhos com o Windows 7 têm sido brandos até o momento e as vendas do sistema modestas, mas a aliança poderia fazer com que o sistema crescesse em popularidade, com o lançamento de alguns handsets com hardware sólido por parte da Nokia.
Naturalmente, esta é uma estratégia arriscada, já que junta uma empresa em crise com um sistema operacional buscando um motivo de ser, mas a menos que a Nokia pretenda adotar o Android (que no momento parece uma possibilidade remota), esta seria o único plano de ação lógico.
A mudança não siginficaria nada para o Symbian, que continuaria no mesmo lugar onde está (forte nos modelos de baixo e médio custo) mas significaria o fim da linha para o Meego, que depois de ser adiado muitas vezes já começa a ser visto como vaporware por muitos, para desespero da Intel, que vê a aliança com a Nokia como a porta de entrada do Atom no mercado de smartphones.
Todas essas especulações devem ser respondidas na sexta-feira dia 11/02, quando a Nokia fará uma reunião com a imprensa para anunciar as estratégias para o próximo semestre.
