Durante uma entrevista para o portal de notícias Bloomberg, Dave Limp, alto executivo responsável pela área de dispositivos da Amazon, declarou que a empresa está considerando seriamente a implementação de um modelo de assinatura para a Alexa.
Contudo, a concretização dessa ideia está atrelada ao aprimoramento de funcionalidades para a assistente digital e, embora os preparativos já estejam em andamento, a iniciativa não é iminente.
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No futuro próximo, a Alexa terá uma assinatura mensal
Quando questionado sobre a possibilidade de a Alexa vir a necessitar de um modelo de assinatura, o dirigente afirmou: “Sim, nós absolutamente pensamos nisso“. Tal afirmação surge no contexto de um evento recente onde a Amazon divulgou atualizações para os produtos Echo, Fire Stick e para a própria Alexa.
Durante o evento, realizado no dia 20 de setembro, foram introduzidas novas habilidades para a assistente digital. Isso foi possível graças à integração com inteligência artificial generativa, tornando a Alexa mais similar ao ChatGPT.
A implementação dessa nova característica está prevista para 2024, e um grupo seleto de usuários poderá experimentá-la ainda em 2023. Somente após essa fase é que a Amazon planeja lançar o serviço de assinatura para a Alexa.
Limp esclareceu que a ideia de cobrar pela utilização da Alexa não está “anos-luz” distante. Embora essa afirmação sugira que a Amazon planeja introduzir o serviço num futuro próximo, a empresa reconhece que a efetivação do plano depende da Alexa alcançar um patamar de excelência que até hoje não foi visto ainda.
“Ainda não temos ideia de preço”, disse Limp. “Conversaremos com os clientes e aprenderemos com eles o que eles acreditam ser o valor. A Alexa que você conhece e ama hoje permanecerá gratuita.”
Amazon já se prepara para isso
Já foram tomadas duas medidas significativas nessa direção. Primeiramente, a Amazon apresentou a funcionalidade “Let’s Chat” da Alexa durante o evento. Conforme demonstrado em um vídeo promocional, essa funcionalidade permite que a assistente realize tarefas como redigir convites para eventos sociais, ajustar a iluminação do ambiente e tocar músicas de preferência do usuário.
A segunda medida adotada pela Amazon envolve um investimento substancial na Anthropic, uma empresa especializada em IA generativa e que é responsável pelo chatbot Claude 2, ainda não disponível no Brasil.
Recentemente, a empresa anunciou um investimento inicial de 1,25 bilhões de dólares, com planos de investir outros 3,75 bilhões de dólares.
Há também a chance de a Alexa adotar um modelo “freemium”, no qual apenas as funcionalidades avançadas, como a IA generativa, seriam cobradas. Assim, os usuários que já estão satisfeitos com as capacidades atuais da Alexa não teriam a necessidade de aderir ao plano de assinatura.
E você? Pagaria uma assinatura para usar a Alexa?
Fonte: Ars Technica e Bloomberg
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