A Netflix divulgou os números do balanço referente ao primeiro trimestre de 2023. O período, marcado por uma nova administração dos novos co-CEOs Greg Peters e Ted Sarandos, foi marcado por uma queda de 19% no lucro, fechando em US$ 1,30 bilhão. No ano passado, no mesmo recorte de tempo, a empresa registrara US$ 1,60 bilhão. A receita apresentou crescimento, fechando em US$ 8,16 milhões (3.7% a mais que o mesmo período do ano passado).
Também chama atenção para a fuga de assinantes na região em que se encontra o Brasil, a América Latina. A empresa fala numa retração de 450 mil assinaturas. Entre todas as regiões que a líder do steaming atua, a América Latina foi a única em que houve uma queda no número de assinaturas no primeiro trimestre de 202. Em sua totalidade, o serviço teve um aumento de 1,75 milhão de assinantes. Abaixo da expectativa de analistas de mercado, que projetavam algo em torno de 2,2 milhões. Atualmente a base de assinantes da Netflix é de 232,5 milhões.
Em 2023 a companhia seguirá avançando com sua nova estratégia, a cobrança pelo compartilhamento de senhas. Já em andamento na Argentina, República Dominicana, El Salvador, Guatemala, Honduras, Chile, Costa Rica e Peru, Canadá, Portugal e Nova Zelândia, a medida chegará em junho num mercado que será um importante termômetro sobre o real impacto dessa nova fase da Netflix, seu país natal, Estados Unidos.
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No primeiro trimestre de 2023, a Netflix registou crescimento de 100.000 assinantes nos EUA, que ainda segue sem nenhum tipo de cobrança extra. A imposição dessa nova política vai dizer muito qual será o comportamento desse importante mercado para o futuro. A reação adversa já é observada pela Netflix nas outras regiões em que a cobrança já está valendo, principalmente na América Latina.
Além dos EUA, a companhia deve expandir o modelo de cobrança para outros países ainda no segundo semestre do ano. O Brasil, um dos países mais importantes para os negócios da plataforma, deve estar nesse bolo.
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