A paralisação nacional dos motoristas de aplicativos de transporte, que começou nesta segunda-feira (15), trouxe um cenário desafiador para as principais capitais brasileiras.
Os usuários que precisaram recorrer a esse meio de transporte encontraram tarifas mais altas e um tempo de espera mais longo para conseguir uma corrida. Os motoristas, por sua vez, reivindicam melhores condições de trabalho.
O movimento, que está programado para durar 24 horas, tem como objetivo chamar a atenção para questões como aumento no preço mínimo das corridas, valorização do quilômetro rodado, adicional para paradas no percurso e a redução da comissão cobrada pelas empresas operadoras dos aplicativos.
Leia também
Ministro do Trabalho do governo Lula propõe regulamentação da Uber e outros apps de transporte
Uber revela os 10 itens mais esquecidos pelos brasileiros em viagens no Carnaval
Impacto da paralisação
A greve teve um impacto significativo em várias capitais do país, com relatos de preços elevados e tempos de espera prolongados para os usuários dos aplicativos. Cidades como Fortaleza, Salvador, Goiânia, Palmas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Teresina e Recife foram as mais afetadas.
O aumento dos preços foi atribuído à chamada tarifa dinâmica, que é ajustada de acordo com a demanda. Além disso, em algumas cidades, como Teresina, motoristas que aderiram à paralisação realizaram protestos, bloqueando parcialmente algumas avenidas.
Inscreva-se no canal do Hardware.com.br
Os manifestantes pedem, entre outras coisas, que os motoristas que continuam trabalhando não aceitem corridas abaixo de R$ 10.
Organização e reivindicações
A paralisação foi organizada pelos próprios motoristas e entregadores, com o apoio da Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (Fembrapp). Protestos foram realizados em várias cidades, incluindo um comboio até a sede da Uber em São Paulo.
Os motoristas reivindicam um valor mínimo de R$ 10 para as corridas (atualmente, em média, R$ 6), aumento do valor pago por quilômetro rodado e a diminuição do percentual cobrado pelas empresas de aplicativos, que varia entre 40% e 60%.
Resposta das empresas
Em resposta à paralisação, a Uber afirmou que a taxa de serviço cobrada dos motoristas deixou de ser um percentual fixo em 2018, destacando que em qualquer viagem o motorista sempre fica com a maior parte do valor pago pelo usuário.
A empresa também anunciou que aumentará a transparência, exibindo a taxa média considerada em todas as viagens feitas nas quatro semanas anteriores em todos os recibos.
Em relação aos casos de assédio relatados pelos motoristas, a Uber se pronunciou condenando qualquer tipo de comportamento abusivo, reiterando a importância de combater e denunciar esses casos.
A 99, por outro lado, optou por se manifestar por meio da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que afirmou respeitar o direito de manifestação e que as empresas associadas mantêm seus canais de comunicação abertos para os motoristas parceiros.
Fonte: Extra
Deixe seu comentário