MIT revela o top 10 das tecnologias mais inovadoras para 2022

Hoje (23), a MIT Technology Review, revista cientifica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das maiores instituições acadêmicas do mundo, revelou o seu top 10 das tecnologias mais inovadoras para o ano de 2022.

A lista existe desde 2001 e reúne 10 avanços tecnológicos que poderão ter um grande impacto na humanidade. O ranking do MIT é composto por tecnologias bem ecléticas e, além disso, engloba tecnologias que já estão em uso.

Portanto, para o MIT, o top 10 das tecnologias mais inovadoras para 2022 é um vislumbre do futuro coletivo da humanidade conforme a ciência e tecnologia vão avançando.

Na lista deste ano, similarmente à anterior, as tecnologias escolhidas focam em Covid, inteligência artificial, criptomoedas e outros temas em voga — mas não inclui NFTs.

Enfim, vamos conferir a lista.

O fim das senhas

fim das senhas
Créditos: MIT

O primeiro assunto a ser abordado no Top 10 já deixa claro que o MIT não organiza as tecnologias de modo decrescente ou crescente, pois esse tópico talvez não seja tão inovador.

Na verdade, talvez estejamos errados, pois, de acordo com Mat Honan, editor-chefe da publicação, as senhas são “inerentemente inseguras”.

Honan afirma que a fraqueza das senhas é explícita no fato de ser possível roubá-las ou conseguir acesso via força bruta (hacking).

Além disso, segundo ele, a maioria das pessoas utiliza senhas fracas. No entanto, a solução não está nos gerenciadores de senha, como o 1password.

A solução seria eliminar para sempre o uso de senhas, algo que já está em fase inicial, como o reconhecimento facial e biométrico, implementado por grandes empresas, como o Google e a Apple.

Entretanto, Honan não abordou sobre o uso de reconhecimento facial com a vigilância, algo que deve ser pensado antes de determinar “o fim das senhas”.

Tecnologias de monitoramento para variantes da Covid-19

MIT tecnologias inovadoras 2022
Créditos: MIT

A segunda tecnologia inovadora da lista é realmente importante para o momento atual e também para o futuro.

Escrita por Antonio Regalado, editor de biomedicina da MIT Technology Review, a matéria aborda o avanço de sequenciamento genético causado pelos estudos durante a pandemia.

Desse modo, será possível treinar uma inteligência artificial para criar um mapeamento do genoma do SARS-CoV-2, permitindo a descoberta de novas variantes de maneira mais rápida.

Usinas de energia limpa mais duradouras 

usina
Créditos: MIT

Um assunto recorrente nos últimos anos é como a tecnologia pode ajudar a conter as mudanças climáticas sem afetar a economia.

Desse modo, a terceira matéria do top 10 de tecnologias mais inovadoras não apresenta uma tecnologia tão inovadora assim, mas, em vez disso, contesta a demora pela sua expansão.

“Atualmente, usamos energia renovável mais do que nunca, mas o que aconteceria quando o sol sumir ou o vento para”, contesta Casey Crownhart, autora do texto, que aponta para o momento em que as usinas precisam encontrar uma forma de ampliar o armazenamento de energia.

AlphaFold2 no Top 10 das tecnologias mais inovadoras?!?

ai proteina
Créditos: MIT

“Ao final de 2020, o laboratório de Inteligência Artificial DeepMind, com sede no Reino Unido, já havia alcançado muitas inovações no campo da IA. No entanto, quando o programa de envelopamento de proteína do DeepMind foi lançado, em novembro daquele ano, biólogos ficaram de queixo caído com o seu funcionamento”.

Essa é a abertura do texto sobre o AlphaFold 2, inteligência artificial que utiliza o deep learning para prever a forma das proteínas no átomo mais próximo.

O enovelamento de proteínas (em inglês: Protein Folding) é um processo químico em que a estrutura de uma proteína assume a sua configuração funcional.

Com o AlphaFold2, será possível desenvolver, de maneira mais rápida, remédios para uma vária gama de doenças.

Vacina contra a Malária

MIT tecnologias inovadoras 2022
Créditos: MIT

Em novembro do ano passado, a OMS aprovou uma vacina contra a malária que pode evitar a morte de centenas de milhares de pessoas anualmente.

A vacina, que leva o nome de Mosquirix, ainda tem um significado maior para o avanço científico, pois é a primeira vacina aprovada por uma doença causada por parasitas.

A Mosquirix se alia com a categoria anterior, pois consiste em cópias de uma única proteína que marca a superfície do parasita no início da sua vida, algo obtido através do enovelamento de proteína, que a AlphaFold2 facilitou em 2020.

Assim, essas copias são pareadas com séries de moléculas criadas para alertar o sistema imunológico e desse modo catalisar a produção de anticorpos para proteger o ser humano contra a doença.

Proof of Stake – o futuro das criptomoedas

MIT tecnologias inovadoras 2022
Créditos: MIT

O Top 10 do MIT sobre as tecnologias mais inovadoras para 2022 adentrou no assunto do alto consumo de energia transação e verificação de criptomoedas, que demandam alto desempenho computacional.

Por isso, uma das tecnologias escolhidas foi a Proof of Stake (Prova de Participação), protocolo alternativo de transação que economiza mais energia que o Proof of Work.

A Ethereum planeja mudar para esse sistema ainda neste ano, reduzindo o consumo de energia em 99,95%.

Caso a Ethereum consiga fazer uma transição bem sucedida de sua blockchain, o futuro das criptomoedas pode representar uma maior adoção de tecnologias que consomem menos energia elétrica.

Remédio contra a Covid-19

remedio covid
Créditos: MIT

A Pfizer, que também desenvolveu vacinas contra o coronavírus, criou um medicamento que também servirá para impedir a doença, bem como suas variantes.

O medicamento antiviral foi aprovado pelos órgãos reguladores americanos e fez o CEO da Pfizer, Albert Bourla, “cair no choro”.

Enfim, com a combinação dos remédios com as vacinas, poderemos estar próximo do fim da pandemia.

Daqui a 10 anos, eletricidade usará energia limpa

MIT tecnologias inovadoras 2022
Créditos: MIT

Em setembro de 2021, Commonwealth Fusion Systems, empresa do MIT, anunciou a demonstração de um material magnético de supercondutividade a altas temperaturas capaz de gerar campos magnéticos de até 20 Tesla.

Tesla, neste caso, não é a montadora de carros elétricos de Elon Musk, mas, sim, a unidade de medida para densidade de fluxo magnético.

Com tal feito, a promessa de energia elétrica ilimitada, livre de carbono, está mais próxima do que nunca, pois várias startups planejam efetivamente trazer a eletricidade via fusão nuclear para o mundo real.

No entanto, a expectativa é que as primeiras usinas sejam inauguradas no início da próxima década.

Inteligência artificial sem preconceitos

MIT tecnologias inovadoras 2022
Créditos: MIT

Um dos assuntos mais polêmicos envolvendo a inteligência artificial e as tecnologias de reconhecimento facial, é o viés ocidental implementado nessas ferramentas.

Portanto, uma das últimas categorias da lista das tecnologias inovadoras do MIT é o treinamento de inteligência artificial para evitar um diagnóstico enviesado para evitar problemas no desenvolvimento da tecnologia. 

Para isso, a matéria do MIT destaca a importância do uso de dados sintéticos, ou seja, amostras geradas por computadores com as mesmas características do assunto real.

Embora possa parecer um eufemismo para o termo deepfake, essas amostras falsas podem ser usadas no treinamento de inteligência artificial em áreas onde os dados reais são poucos, como registros médicos ou finanças privadas.

Tchau, CO₂!

fabrica islandia
Créditos: MIT

Por último na lista, o MIT considera como uma das tecnologias mais inovadoras de 2022 uma fábrica para remoção de carbono.

Em setembro do ano passado, a empresa Climeworks inaugurou uma fábrica em Reikjaivk, na Islândia, que consegue capturar 4 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.

Além disso, as instalações utilizam energia limpa em sua totalidade, na esperança de reduzir os custos e impulsionar a iniciativa para outras indústrias.

Na indústria tecnológica, a qual estamos mais acostumados, algumas companhias, incluindo a Microsoft e a Apple, já iniciaram ações para reduzir suas emissões de carbono.

Fonte: MIT Technology Review

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