Mesmo com o descontentamento de uma parcela significativa dos usuários, a Microsoft continua firme em sua decisão de manter alguns pontos dentre os requisitos mínimos de hardware para o Windows 11. Entre as exigências mais polêmicas está a obrigatoriedade do chip de segurança Trusted Platform Module (TPM) 2.0, que impede que computadores mais antigos sejam oficialmente compatíveis com o sistema operacional.
O TPM, introduzido em 2009, é uma tecnologia que permite o armazenamento seguro de chaves de criptografia, proteção de senhas e suporte a recursos de segurança avançados, como a inicialização segura. Segundo a Microsoft, o chip é essencial para garantir a proteção dos dados dos usuários em um mundo digital cada vez mais ameaçado por ataques cibernéticos.
Por que o TPM 2.0 é obrigatório?
Steven Hosking, gerente sênior de produtos da Microsoft, defendeu a decisão afirmando que a exigência do TPM 2.0 reflete a necessidade de proteger os sistemas contra ameaças modernas. “Estamos comprometidos em oferecer um sistema operacional seguro e resiliente. O TPM 2.0 é um componente crucial para isso”, explicou.
A tecnologia permite que o sistema operacional execute verificações de segurança em nível de hardware, dificultando ações de malwares e garantindo maior integridade na inicialização do computador. Para a Microsoft, este é um passo essencial para alinhar o Windows 11 aos padrões de segurança exigidos por governos e organizações em todo o mundo.
Impacto nos usuários e a solução da Microsoft
No entanto, a decisão deixou muitos usuários frustrados. Milhões de computadores mais antigos, que ainda têm capacidade para executar sistemas modernos, não possuem suporte ao TPM 2.0 ou firmware compatível. Como alternativa, alguns usuários têm explorado métodos não oficiais para instalar o Windows 11 em máquinas incompatíveis, embora isso possa comprometer a estabilidade do sistema ou limitar o acesso a atualizações futuras.
Para quem não deseja adotar soluções de contorno, as opções se limitam a atualizar o hardware, trocar de computador ou considerar outros sistemas operacionais, como o Linux.
Fim do suporte ao Windows 10 está próximo
A pressão para migrar ao Windows 11 deve aumentar com a proximidade do fim do suporte ao Windows 10, previsto para outubro de 2025. Após essa data, os usuários que não optarem por um programa de atualizações de segurança estendidas ficarão sem proteção contra novas vulnerabilidades.
Ainda assim, a Microsoft deixa claro que não pretende recuar. “Estamos olhando para o futuro da segurança digital, e o TPM 2.0 é uma peça fundamental desse plano. É um requisito para proteger os dados e garantir que nossos usuários tenham a melhor experiência possível”, concluiu Hosking.