A Microsoft veio a público esclarecer que os documentos de usuários do Microsoft 365 não são utilizados para treinar grandes modelos de linguagem (LLMs). A declaração foi feita após um post polêmico viralizar na plataforma X (antigo Twitter), levantando suspeitas sobre a coleta de dados pela empresa.
O alerta inicial foi publicado pelo usuário @nixcraft, que afirmou:
“Fique atento: o Microsoft Office, assim como várias outras companhias nos últimos meses, maliciosamente ativaram um recurso opcional que varre seus documentos Word e Excel para treinar seus modelos de IA internos. Essa opção é ativada por padrão, e você precisa desmarcá-la manualmente para desabilitá-la.”
Heads up: Microsoft Office, like many companies in recent months, has slyly turned on an “opt-out” feature that scrapes your Word and Excel documents to train its internal AI systems. This setting is turned on by default, and you have to manually uncheck a box in order to opt… pic.twitter.com/wUfhBjcMOR
— nixCraft (@nixcraft) November 24, 2024
A publicação citava a função “Connected Experiences” (Experiências Conectadas), acessível no menu de configurações do Microsoft 365, sugerindo que essa ferramenta seria responsável por enviar dados dos documentos dos usuários para a Microsoft.
Resposta Oficial da Microsoft
In the M365 apps, we do not use customer data to train LLMs. This setting only enables features requiring internet access like co-authoring a document. https://t.co/o9DGn9QnHb
— Microsoft 365 (@Microsoft365) November 25, 2024
Com mais de 536 mil visualizações, o post gerou burburinho suficiente para a Microsoft responder. Em posicionamento publicado em sua conta no X, a empresa reforçou:
“Nos aplicativos do Microsoft 365, não utilizamos dados dos usuários para treinar modelos de linguagem. A configuração mencionada apenas ativa recursos que dependem de conexão com a internet, como coautoria em tempo real de documentos.”
A pauta sobre a coleta de dados no campo da inteligência artificial segue gerando bastante debate e dualidade de opiniões sobre o tema. No ano passado, por exemplo, o Japão chegou à conclusão de que o treinamento de IA não se enquadra como violação de direitos autorais. Já este ano, alguns países entraram queixa contra o X sobre o uso de dados de usuários da plataforma para o treinamento da IA. Rapidamente, a rede de Elon Musk acatou a determinação da legislação europeia em relação à interrupção da coleta dos dados.
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