A Meta está prestes a lançar uma inovadora pulseira neural para rastreamento de dedos nos próximos anos, conforme anunciado pelo CEO Mark Zuckerberg durante uma aparição no programa de entrevistas Morning Brew Daily.
Esta pulseira, desenvolvida a partir da aquisição da startup CTRL Labs em 2019, representa um avanço significativo na tecnologia de interação homem-máquina e pode ser ideal para melhorar e facilitar o uso de dispositivos como óculos de realidade virtual.
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Pulseira da Meta detecta sinais elétricos do pulso
A CTRL Labs, uma startup baseada em Nova York, já vinha explorando essa ideia de uma pulseira para rastreamento de dedos desde 2015. Depoi que a empresa foi adquirida, o CEO e co-fundador da CTRL Labs, Thomas Reardon, liderou o projeto dentro da Meta, fazendo pesquisas e conseguindo avanços notáveis na área desde então.
A pulseira neural chega como uma ferramenta para revolucionar a forma como as pessoas interagem com dispositivos digitais, oferecendo um método mais preciso e intuitivo.
Ao contrário dos métodos tradicionais de rastreamento óptico, como os utilizados nos atuais Meta Quest e Apple Vision Pro, que podem ter limitações de precisão e latência, a abordagem da Meta para o rastreamento de dedos utiliza a eletromiografia (EMG).
Essa técnica envolve a detecção dos sinais elétricos neurais que viajam do cérebro para os dedos, transmitidos pelo pulso. A teoria por trás dessa abordagem é que ela poderia oferecer uma latência próxima a zero, precisão impecável, funcionar em qualquer condição de iluminação e não ser suscetível à oclusão.
Em 2021, Reardon afirmou que uma recente descoberta possibilitou a decodificação da atividade de neurônios individuais, permitindo um “controle quase infinito sobre máquinas”. Essa tecnologia promissora poderia abrir portas para um rastreamento de dedos sem oclusão e extremamente confiável, permitindo o controle preciso de interfaces complexas com movimentos sutis da mão.
Um passo importante para o mundo dos óculos RV
O anúncio de Zuckerberg ocorre em um momento estratégico, poucas semanas após o lançamento do Apple Vision Pro, que apresenta sua própria visão do futuro da interação, combinando rastreamento ocular e rastreamento óptico de dedos para possibilitar o “olhar e beliscar”.
Mas, ainda que a abordagem da Apple ofereça uma seleção rápida e intuitiva, ainda requer movimentos relativamente dramáticos das mãos. Além disso, elas devem estar na área de visão dos óculos para que muitas das interações funcionem, principalmente as mais complexas.
Dessa forma, a Meta aposta que sua pulseira neural permitirá uma manipulação precisa com menos esforço em qualquer cenário, funcionando como uma extensão natural das ações das mãos. A empresa parece mirar em uma forma revolucionária de entrada, semelhante ao mouse de um computador, mas com uma dimensão extra.
Quanto à implementação prática dessa tecnologia, um vazamento do roteiro interno de hardware AR/VR da Meta revelou detalhes sobre o lançamento planejado da pulseira neural. Segundo o documento, a Meta planeja lançar a pulseira junto com a terceira geração dos smart glasses Ray-Ban em 2025. Dois modelos da pulseira serão oferecidos a diferentes faixas de preço, um focado exclusivamente na tecnologia de entrada neural e outro com display e câmera, servindo também como um smartwatch.
A Meta pretende continuar aprimorando essa tecnologia, indicando que a segunda geração da pulseira atuará como dispositivo de entrada para os óculos de RV/RA verdadeiros, mas que só deverá ser lançada em 2027.
Fonte: uploadvr
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