A Meta, empresa proprietária do Facebook, concluiu nesta quarta-feira (24) a última fase de uma série de demissões em massa anunciadas em março.
Esta rodada resultou no desligamento de cerca de 6.000 funcionários. Essa última rodada do layoff marca o fim de um processo que fez a empresa reduzir seu quadro de funcionários em cerca de um quarto desde novembro.
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No total, 21 mil pessoas perderam seus empregos na Meta
A empresa, liderada por Mark Zuckerberg, realizou duas rodadas principais de demissões como parte do que foi apelidado de “Ano da Eficiência”. A primeira rodada, realizada em abril, resultou no desligamento de 4.000 funcionários.
Com a conclusão da segunda rodada, a Meta atingiu sua meta de demitir 10.000 funcionários. No total, cerca de 21.000 pessoas perderam seus empregos na Meta desde novembro. Dessa forma, a empresa reduziu o quadro de funcionários global de cerca de 87.000 para 77.000 empregados.
As demissões desta semana visaram principalmente os cargos de negócios, enquanto as demissões de abril impactaram as equipes de tecnologia. Além disso, a Meta também interrompeu o recrutamento para cerca de 5.000 vagas abertas.
No entanto, segundo informações da agência de notícias Reuters, ex-funcionários das áreas de comunicação corporativa, engenharia e marketing estão comunicando suas demissões no LinkedIn. Isso mostra que o corte afetou diversas áreas, não apenas um setor específico.
Além disso, os dois principais diretores da Meta na Índia também serão desligados. Avinash Pant (diretor de marketing) e Saket Jha Saurabh (Diretor de Parcerias de Mídia) são os nomes que estarão livres no mercado de trabalho.
Reestruturação da Meta
As demissões foram anunciadas em meio a um período de reestruturação massiva na Meta, com o objetivo de economizar dinheiro e achatando a estrutura organizacional. A empresa também tem investido pesadamente em sua unidade Reality Labs, responsável pelo desenvolvimento do metaverso, gastando U$S 13.7 bilhões no último ano.
Apesar das demissões, Zuckerberg reafirmou o compromisso da empresa com a visão do metaverso e a importância da inteligência artificial (IA) para o futuro da empresa. A IA é uma parte integrante da pesquisa de realidade virtual e mista da Meta, além de suportar a moderação de conteúdo, feeds sociais algorítmicos e outros aspectos-chave da tecnologia da Meta.
As demissões em massa na empresa de Mark Zuckerberg foram recebidas com preocupação por muitos funcionários, com alguns temendo a perda de benefícios de saúde ou vistos de trabalho. No entanto, a empresa afirmou que esta deve ser a última rodada de demissões em massa (por enquanto).
Os cortes ocorreram em meio a uma desaceleração no crescimento da receita da Meta e um boom no comércio eletrônico durante a pandemia. A empresa também tem enfrentado ceticismo dos investidores sobre a insistência de Zuckerberg de que a realidade virtual e a realidade mista alimentarão a próxima fronteira da conexão social.
Mark Zuckerberg, ou algum porta-voz da empresa, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a última rodada de demissões. No entanto, as mudanças na empresa e as demissões em massa destacam os desafios que a Meta enfrenta enquanto busca se reinventar e se posicionar como líder na próxima fase da internet.
Fontes: Reuters e TechCrunch
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