Na tarde desta quarta-feira (27) a Meta realizou o evento Meta Connect 2023, onde Mark Zuckerberg e companhia anunciaram diversas novidades para as suas plataformas de mídias sociais. O anúncio mais badalado certamente é o Meta AI, uma plataforma de inteligência artificial que visa competir com o ChatGPT e o Google Bard.
Esta nova IA será integrada tanto ao Instagram quanto ao WhatsApp e, por enquanto, estará acessível apenas nos Estados Unidos. A tecnologia usa o modelo Llama 2 para interagir com os usuários. Mas é importante salientar que a ferramenta ainda está em desenvolvimento. Nos próximos parágrafos eu dou mais detalhes sobre a novidade.
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Meta AI tem 28 personalidades “interpretadas” por famosos
O Meta AI contará com um aplicativo dedicado, mas seu grande diferencial certamente é a integração com dois aplicativos extremamente populares: Instagram e WhatsApp. Os usuários terão a capacidade de interagir e solicitar assistência à IA diretamente dentro de uma conversa, por exemplo.
Conforme vazado no começo do mês de agosto, essa nova plataforma de inteligência artificial também oferecerá “personas” especializadas para auxiliar em tarefas específicas. É como se a máquina assumisse alguma personalidade. São, ao todo, 28 personalidades. Todas interpretadas por pessoas mundialmente famosas.
Uma das demonstrações feitas durante o evento Meta Connect envolveu a seleção de trajes para o Halloween. E essa “persona” também terá um rosto. Portanto, além de dialogar com a persona, os usuários poderão observar expressões faciais geradas em tempo real, baseadas na interação de mensagens.
Um exemplo interessante envolveu uma persona de Snoop Dogg atuando como um mestre de jogos de RPG de mesa. Outras celebridades a nível global também tiveram seus rostos incorporados a uma personalidade do Meta AI, dentre elas estão Kendall Jenner, MrBeast, Naomi Osaka, Paris Hilton, o já citado Snoop Dogg e Tom Brady. Importante citar que cada personalidade também terá um perfil no Instagram e no Facebook.
Isso me fez pensar em quais celebridades brasileiras vão entrar na “brincadeira” quando o serviço chegar ao Brasil. Com certeza, muitos MCs, atores/atrizes e cantores sertanejos.
Emu é a IA geradora de imagens rival do Dall-E e Midjourney
Durante a apresentação principal, a Meta também divulgou o Emu, uma IA generativa voltada para a geração de imagens, que será implementada nos aplicativos da companhia. Aqui nós temos o mesmo modus operandi do Dall-E. Ou seja, o Emu permitirá a criação de imagens a partir de comandos de texto em um tempo estimado de apenas cinco segundos.
Além disso, a IA contribuirá na criação de filtros e adesivos para Instagram e WhatsApp, com base no texto fornecido. Mark Zuckerberg demonstrou no palco como a tecnologia poderá estilizar fotos comuns através de dois recursos que utilizam IA: “Restyle” e “Backdrop“.
O primeiro altera a imagem inteira com base nas instruções do usuário, enquanto o segundo modifica apenas o cenário da foto, utilizando reconhecimento de objetos e pessoas.
Por fim, o Meta AI também será compatível com o dispositivo de realidade virtual Meta Quest 3 e os óculos inteligentes Ray-Ban Meta, ambos anunciados no mesmo evento.
Prevenção contra erros e privacidade dos usuários
O site The Verge teve a oportunidade de testar a Meta AI, buscando induzir a plataforma a cometer falhas ou emitir declarações inadequadas. Contudo, a IA assegurou, por exemplo, que as vacinas para a Covid-19 são confiáveis e se recusou a auxiliar na fabricação de um explosivo.
O The Verge também observou que a IA se absteve de fornecer orientações sobre como encerrar um relacionamento amoroso. Tudo isso indica que a Meta investiu em robustos protocolos de segurança para prevenir controvérsias e problemas.
Ahmad Al-Dahle, o vice-presidente de IA generativa da Meta, revelou que a companhia dedicou 6.000 horas (o equivalente a 250 dias) para testar o modelo em cenários problemáticos e que a equipe tem engajado em milhares de diálogos com ele todos os dias antes do seu lançamento oficial.
Por ora, a IA da Meta não utiliza dados públicos de usuários do Instagram e Facebook. Mas isso não vai durar para sempre, já que a empresa tem planos de usar tais dados no futuro para treinar sua IA.
Al-Dahle sugere que há um vasto potencial para incorporar funcionalidades sociais próprias no assistente, tornando-o ainda mais versátil. Ele vislumbra, por exemplo, a possibilidade de solicitar à IA que “exiba reels da região sul da Itália”, um recurso que outros chatbots não são capazes de oferecer.
Fonte: The Verge
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