Se você está pensando ou precisando comprar um SSD para deixar seu computador mais rápido, temos uma notícia não muito interessante para você. O setor de armazenamento de dados está diante de um cenário preocupante: a iminente elevação nos preços dos SSDs (Solid State Drives), impulsionada por uma crescente escassez dos chips de memória flash NAND.
Este aumento de preço ocorre após um período onde, por meses, os custos dos SSDs estavam em queda, com alguns modelos custando até menos que os HDDs (Hard Disk Drives) de capacidade equivalente. O recente ajuste de preços anunciado por grandes fabricantes de chips de memória flash NAND, como Samsung e Micron, em até 20%, sinaliza o fim dessa fase de preços baixos para os SSDs.
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Phison antecipa compras de chips de memória flash NAND
A Phison, uma reconhecida fabricante de controladores para SSDs, antecipou suas encomendas de chips NAND, preparando-se para esta escassez. Esse movimento de antecipação, embora estratégico, já contribui para o aumento do custo final dos produtos, uma vez que pressiona o mercado e potencializa a inflação dos preços dos SSDs nos próximos meses.
A alta nos preços dos componentes NAND tem um impacto direto no custo de fabricação de cada peça da cadeia de produção de eletrônicos, afetando o valor final dos produtos. Esses custos adicionais, inevitavelmente, são transferidos para o consumidor final, o que pode levar a um aumento perceptível nos preços dos SSDs no varejo.
Além do aumento de custos de produção, o timing desses reajustes coincide com eventos de grande consumo, como a Black Friday, tradicionalmente uma época de grandes promoções e descontos.
Aumento ocorre justamente no período de Black Friday
Durante este período, muitos varejistas buscam esvaziar estoques, o que, em sequência, gera uma necessidade de reabastecimento com produtos novos, geralmente mais caros. Essa dinâmica de mercado, combinada com a escassez de componentes NAND, pode resultar em um aumento substancial nos preços dos SSDs, afetando até mesmo modelos populares como o Kingston NV2.
Essa situação implica que, nos próximos meses, poderemos ver um aumento significativo nos preços dos SSDs, uma realidade que se torna ainda mais palpável diante da urgência dos varejistas em reabastecer seus estoques com produtos mais recentes e, por natureza, mais custosos.
Esse cenário revela uma nova crise no segmento de eletrônicos, uma realidade que os consumidores começarão a perceber antes mesmo que a escassez se estabeleça efetivamente no mercado.
Esta não será a primeira e nem a última crise
A escassez e o consequente aumento no preço dos chips de memória flash NAND, fundamentais para a fabricação de SSDs, é um fenômeno que não é isolado no mundo da tecnologia. Na verdade, ele ecoa um padrão recentemente observado em outras crises de componentes essenciais para a indústria eletrônica.
Um exemplo notável foi a crise global de chips semicondutores, que começou em 2020 e se estendeu até por volta de 2022, afetando diversas indústrias, desde a automotiva até a de eletrônicos de consumo.
Essa crise dos semicondutores, desencadeada por uma combinação de fatores como a pandemia de COVID-19, alterações geopolíticas e desastres naturais, levou a atrasos significativos na produção de automóveis, smartphones, consoles de jogos e uma miríade de outros dispositivos. Além disso, essa escassez resultou em aumentos significativos de preços e em uma reavaliação da cadeia de suprimentos global por parte das grandes empresas tecnológicas.
Será que veremos algo parecido com os SSDs?
Fonte: Digitimes Asia
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