Foi lançado o KDE SC 4.6.0. Como muitos usuários já sabem, o KDE passou a dividir várias áreas de atuação – isso pode ser bom ou ruim, dependendo do ponto de vista. Plasma, aplicações e plataforma. Sim, 3 anúncios. Mas todo o conjunto opera bem e as novidades são interessantes.
O uso da seção Atividades foi melhorado, permitindo entendimento mais fácil do processo. Ao clicar com o direito na na barra de título da janela, pode-se tornar aplicações e arquivos como “parte” de uma atividade. Fazendo isso o ambiente Plasma irá otimizar sua experiência de trabalho em grupos de programas relacionados. Ficou mais fácil também criar novas atividades, renomeá-las ou removê-las.
Há melhorias de desempenho no KWin e um melhor gerenciamento de energia. Em geral há muias novidades em várias áreas independentes: o KDE 4.6 está bem “tentador”, mesmo para quem deixou de olhar tanto para o projeto a partir da versão 4.x – considerada prematura nos primeiros lançamentos, e por alguns, até hoje.
O gerenciador de arquivos Dolphin recebeu uma interface de pesquisa bem mais fácil. Um filtro e uma barra lateral pouparão bastante tempo na hora de encontrar seus arquivos:
Entre outras coisas, o Kate ganhou um cliente SQL, as aplicações gráficas permitem publicar imagens em diversos serviços web (como Flickr e Facebook, por exemplo). O KSnapshot, que tira imagens de tela, agora pode incluir o cursor do mouse e também recebeu um botão ‘Enviar para’, que permite compartilhar a imagem com serviços online. O KStars teve melhorias na renderização com OpenGL e há aprimoramentos em alguns jogos do pacote todo.
A disponibilidade de aplicativos para Linux é imensa, mas nem sempre eles agradam a todos. Alguns são feitos em Qt, outros em GTK… E ao rodar aplicativos GTK num ambiente Qt ou vice-versa, tradicionalmente, o visual fica comprometido. Não mais no KDE com o tema padrão. Aplicativos GTK deverão rodar com a mesma aparência das aplicações nativas do KDE! Veja o KWrite e o GEdit rodando lado a lado:
Isso se dá graças ao motor de tema Oxygen-GTK. Não testei, mas observando imagens de tela divulgadas por aí, a integração é praticamente perfeita.
Há ainda scripts para o KWin, melhorias no Nepomuk com backup e sincronização de meta-data, entre muitas outras coisas.
Entusiastas podem optar por baixar o código fonte no site oficial, o que não é tão rápido nem simples para compilar, já que são muitos componentes. A melhor forma de obtê-lo para quem não entende muito ou quer praticidade, é esperar as distros atualizarem seus repositórios, o que depende do ritmo de cada uma. Nos links dos anúncios no começo da notícia há mais imagens de tela dele.