Joel Ortiz, um estudante universitário da Califórnia de 20 anos pegou uma pena de 10 anos por roubar mais de US$ 5 milhões em criptomoedas através da clonagem de chips SIM, os chips utilizados em celular. Ortiz foi detido em julho de 2018, no aeroporto de Los Angeles enquanto tentava fugir para a Europa com US$ 250.000. O jovem criminoso já havia gasto US$ 150.000.
Ortiz começou a ficar na mira da polícia após a denúncia de um investidor envolvido em projetos relacionados a blockchain. Ele teve seu número roubado duas vezes. Além da trapaça, Ortiz ainda assediou a filha da vítima.
O golpe cometido por Ortiz recebe o nome de “SIM Swap”. Geralmente esse tipo de técnica conta com o apoio de algum funcionário de operadora, com acesso ao sistema, também ocorre do cibercriminoso se passar pelo real dono da linha e convencer o operador a transferir o número da vítima para outro SIM. O golpe consiste em obter dados pessoais das vítimas e na transferência da linha telefônica para um SIM Card diferente, permitindo que o cibercriminoso consiga acessar até serviços com verificação de segurança em duas etapas, como apps bancários. Essa técnica está ficando comum também no Brasil. Ortiz admitiu ter sequestrado o SIM de cerca de 40 vítimas.
As autoridades locais acreditam que esse seja o primeiro caso do gênero nos Estados Unidos a gerar uma condenação, de acordo com o site Motherboard. A pena começa a ser cumprida por Ortiz no dia 14 de março. No ano passado outras pessoas foram presas, e ainda aguardam julgamento:
- Xzavyer Narvaez – acusado de roubar US$ 1 milhão em Bitcoin;
- Nicholas Truglia – acusado de roubar milhões em Bitcoin;
- Joseph Harris – acusado de roubar mais de US$ 14 milhões em Bitcoin.
A sentença de 10 anos de prisão de Joel Ortiz mostra que nossa sociedade não tem tolerância para tais ataques. Depois disso, continuaremos a encontrar e punir aqueles que cometeram o mesmo crime, declarou Erin West, Procurador Interino do Tribunal Distrital de Santa Clara.