Apesar dos problemas relacionados ao chipset no Sandy Bridge e ao atraso na adoção da plataforma causada por ele, tudo indica que a Intel pretende manter de pé o roadmap para as próximas gerações de processadores, lançando a primeira leva de modelos baseados no Ivy Bridge daqui a aproximadamente um ano, em algum ponto do primeiro semestre de 2012.
O Ivy Bridge é um “tick” dentro da linha de produtos da Intel, mantendo basicamente a mesma arquitetura do Sandy Bridge, mas introduzindo algumas melhorias e migrando para um processo de produção de 22 nm (contra os 32 nm atuais), resultando em chips menores e com um consumo elétrico por ciclo de clock mais baixo, possibilitando o lançamento de processadores mais econômicos ou de clock mais alto.
Entre as mudanças arquiteturais, o Ivy Bridge integrará uma GPU compatível com o DirectX, incluindo a segunda geração da tecnologia QuickSync (que oferece aceleração via hardware para conversão e codificação de vídeos), suporte ao PCI Express 3.0, suporte a memórias DDR3 de 1600 MHz e possivelmente mais cache.
O suporte a DirectX 11 por parte da GPU não é um salto tão grande quanto a Intel gostaria de nos fazer acreditar, pois as melhorias em termos de qualidade de imagem introduzidas pelo DX11 demandam uma GPU poderosa para se manifestarem. Uma GPU low-end como a integrada ao Ivy Bridge será capaz de rodar os títulos DX11 com poucos efeitos, comprometendo a qualidade visual e trazendo-os a um patamar similar ao de títulos DX10. Por outro lado, a compatibilidade com o DX11 é uma boa notícia do ponto de vista da compatibilidade, já que muitas software-houses planejam migrar diretamente do DirectX 9 para o DirectX 11.
A Intel vem falando em “ganhos de desempenho de até 30%” em relação ao Sandy Bridge, mas isso provavelmente é baseado no aumento de desempenho da GPU, ou em uma combinação de clock mais alto e novos níveis do Turbo Boost. O ganho de desempenho introduzido pela adoção do PCI Express 3.0 e DDR3 1600 são modestos e mesmo um aumento no cache não deve resultar em um ganho de mais do que 5 a 8% por ciclo de clock.
O lançamento da geração seguinte de processadores (planejada para 2013) é ainda incerta, já que o mundo oficialmente acaba no final de 2012, mas manteremos você informado assim que novos detalhes estiverem disponíveis… 🙂