Os rumores sobre um iPhone dobrável têm agitado o mundo da tecnologia há anos, e agora, com 2026 se aproximando, parece que a Apple está pronta para entrar no jogo dos smartphones flexíveis. Embora a empresa mantenha seu silêncio característico, vazamentos, análises e informações da cadeia de suprimentos estão desenhando um cenário promissor para o que pode ser o iPhone mais inovador até agora.
Vamos explorar o que já sabemos sobre esse dispositivo tão aguardado.
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Uma nova era para o design do iPhone
A Apple não é de correr atrás de tendências, e com o iPhone dobrável não está sendo diferente. Desde 2014, a empresa vem explorando tecnologias de telas flexíveis nos bastidores, depositando patentes e refinando ideias. Diferente de concorrentes que lançaram seus dobráveis às pressas, a Apple optou por observar o mercado, aprender com os erros dos outros e planejar algo que promete ser especial. Segundo fontes confiáveis, o primeiro iPhone dobrável deve chegar na segunda metade de 2026, com produção em massa começando já no terceiro trimestre de 2025.
O design, segundo analistas como Mark Gurman e Ming-Chi Kuo, será no estilo “livro”, semelhante ao Galaxy Z Fold da Samsung, e não um formato “concha”. Quando aberto, o dispositivo terá uma tela OLED de 7,8 polegadas com proporção 4:3, transformando o iPhone em algo próximo de um iPad mini que cabe no bolso. É uma abordagem que combina portabilidade com versatilidade, perfeita para quem busca um smartphone que também funcione como tablet.
Adeus à dobra visível?
Um dos maiores desafios dos smartphones dobráveis é a dobra visível na tela, algo que incomoda muitos usuários. A Apple, no entanto, parece estar determinada a resolver isso. Relatos indicam que o iPhone dobrável terá uma tela “sem vincos”, algo que nenhuma outra marca conseguiu plenamente. Isso seria possível graças a uma placa de suporte metálica sob a tela, projetada para distribuir uniformemente a tensão durante a dobra, minimizando marcas visíveis.
Curiosamente, a Apple não está desenvolvendo essa tecnologia de tela sozinha. A empresa fechou uma parceria com a Samsung Display, que fornecerá painéis OLED dobráveis de 7 polegadas exclusivamente para a Apple, a partir de uma linha de produção dedicada na fábrica A3, na Coreia do Sul. A expertise da Samsung em telas dobráveis está sendo aproveitada para garantir que o iPhone dobrável atenda aos altos padrões da Apple.
A decisão de usar telas da Samsung Display é um movimento raro para a Apple, que geralmente prefere controlar cada detalhe de seus produtos. No entanto, a solução da Samsung para telas dobráveis sem vincos parece ter sido irresistível. A parceria também beneficia a Fine M-Tec, fornecedora de dobradiças da Samsung, que deve fornecer mais de 80% das placas de suporte metálicas. Essas placas, criadas com perfuração a laser para aliviar tensões, custam entre 30 e 35 dólares por unidade.
Hardware: fino, resistente e com um toque nostálgico
O iPhone dobrável promete chegar com apenas 4,5 mm de espessura quando aberto e entre 9 e 9,5 mm quando fechado, sendo mais fino que muitos concorrentes de primeira geração. O chassi deve ser feito de titânio, garantindo leveza e resistência, enquanto a dobradiça pode contar com componentes de metal líquido para maior durabilidade.
Na parte de biometria, a Apple pode surpreender ao deixar o Face ID de lado neste modelo. Em vez disso, o Touch ID deve voltar, integrado ao botão de energia, uma solução já vista em iPads recentes e que economiza espaço interno. Quanto às câmeras, espera-se um conjunto traseiro duplo, possivelmente com sensores de 48 MP, e uma câmera frontal embutida sob a tela interna, mantendo o visual limpo.
Preço e disponibilidade
Se os rumores estiverem certos, o iPhone dobrável não será para todos os bolsos. Analistas da UBS estimam um preço entre 1.800 e 2.000 dólares nos EUA, tornando-o o iPhone mais caro já lançado, superando até o iPhone 16 Pro Max. Ele vai competir diretamente com modelos como o Galaxy Z Fold 7 e o Vivo X Fold 5.
A Apple planeja produzir entre 10 e 15 milhões de unidades no primeiro ano, embora perdas na produção e estoques para reparos possam reduzir o número de unidades efetivamente vendidas. Ainda assim, é um sinal de que a empresa está confiante no potencial desse novo formato.
O impacto no mercado de dobráveis
O mercado de smartphones dobráveis ainda é pequeno, com marcas como Samsung, Huawei e Motorola liderando, mas enfrentando desafios como preço alto, durabilidade questionável e praticidade limitada. Muitos consumidores ainda veem os dobráveis como uma curiosidade, não como uma necessidade. Mas quando a Apple entra em um segmento, ela tende a redefiní-lo. Um iPhone dobrável elegante, sem vincos e com o acabamento premium característico da marca pode ser o empurrão que os dobráveis precisam para sair do nicho e conquistar o grande público.
Se tudo der certo, 2026 pode marcar o momento em que os smartphones dobráveis finalmente se tornem mainstream. A Apple está chegando tarde à festa, mas, como sempre, parece estar trazendo algo que pode mudar as regras do jogo.
Fonte: Gizmochina