Investimento de R$ 10 mi: Brasil terá centro de defesa contra ataques cibernéticos

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) anunciou o investimento de R$ 10 milhões para o desenvolvimento de um centro contra ataques cibernéticos. O centro contará com uma “consultoria” de Israel, que contribuirá com sua expertise no assunto. A data de inauguração ainda não foi anunciada.

O local escolhido para abrigar o centro de defesa será escolhido em conjunto com o Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (ComDCiber). “O Brasil possui um grande déficit de segurança cibernética e muitas empresas já passaram por problemas devido a essa falta de investimento no setor”, afirma Guto Ferreira, presidente da ABDI. “Convidaremos o Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro para nos orientar nas ações e outros órgãos como a ABIN, também. O que vimos em Israel nos leva a um sentimento de urgência maior e atuaremos para apoiar o governo neste avanço”.

A agência também faz questão de ressaltar que essa aproximação com Israel e a construção do centro promoverá uma revolução no país. “Israel é uma nação bastante desenvolvida nos quesitos defesa, segurança, tecnologia e desenvolvimento, por estar envolvido em diversos conflitos sociopolíticos.

Reforçar  a defesa Brasil em tempos que o cibercrime ganha cada vez mais dinheiro é uma decisão importantíssima. Dados da McAfee de fevereiro deste ano revelaram que o Brasil é a segunda maior fonte de ataques virtuais no mundo. O prejuízo anual à nação é de cerca de US$ 10 bilhões.

O mesmo panorama caótico é ressaltado por outra companhia, a Norton, através do seu relatório Norton Cyber Security. A partir do ano passado o Brasil passou a ocupar o segundo lugar entre os países com mais casos de crimes cibernéticos. As táticas maliciosas de cibercriminosos foram responsáveis por afetar US$ 62 milhões de pessoas, o prejuízo foi de impressionantes US$ 22 bilhões.

Além de casos complexos como Ransomware, um tipo de ameaça que impulsionou os ganhos do cibercrime nos últimos anos, o Brasil se destaca, negativamente, é claro, pelos inúmeros casos de ataques phishing. Nesse quesito ocupamos o primeiro lugar do ranking, de acordo com a Kaspersky.