Após quase 30 anos, a Intel está gradualmente reduzindo a participação das lendárias marcas de processadores Pentium e Celeron. Presença tarimbada em inúmeros computadores desde meados dos anos 90, essas marcas serão definitivamente aposentadas nos processadores voltados para notebooks.
Associados nos últimos anos como chips de baixo desempenho, e voltados para dispositivos mais simples, num passado distante uma dessas duas marcas já foi referência em termos de performance, e era alvo da grande maioria dos aficionados por computadores. Lançada em 1993, a marca Pentium ganhou o mundo por ser mais poderoso que gerações antigas da companhia, o 486 e 386, por exemplo, e também pela acertada estratégia da Intel em adotar um nome para se referir a uma linha de processadores, deixando de lados os números.
Assim como o Pentium, o Celeron, que surgiu em 1998, também se transformou numa marca icônica, e muitas vezes alvo de chacota. Devido ao seu objetivo de mercado, equipar computadores com configurações mais simples, muitos corriam ao ver um computador com um Celeron, sinônimo de menos poderio computacional. Essa marca chegou como uma resposta da Intel para a AMD que estava incomodando bastante na faixa dos chips de baixo custo, com também lendário K6.
Ambas as marcas surgiram numa década de suma importância na história da Intel. Foi na década de 90 que surgiu o famoso slogan “Intel Inside”, que virou um ícone de status que representava os computadores equipados com um chip da Intel, e aguçava a vontade do consumidor em entrar para esse hall. Algumas pesquisas chegaram a apontar que em meados dos anos 90, em alguns mercados, a marca Intel tinha o mesmo reconhecimento que a Coca-Cola.
Com a nova estratégia, a Intel resolve simplificar a comunicação com os consumidores, deixando de lados o Pentium e o Celeron nas versões destinadas aos notebooks. “A nova marca do processador Intel simplificará nossas ofertas para que os usuários possam se concentrar na escolha do processador certo para suas necessidades”, explica a companhia em nota.
Josh Newman, vice-presidente da Intel e gerente geral interino de plataformas de clientes móveis da companhia, explica que as marcas serão substituídas por “Intel Processor” (processador Intel). Não haverá mais uma distinção entre nomes de linhas únicas que indicam a que faixa de mercado elas visam atender. A Intel utilizará o nome Intel Processor acompanhado de um código que classifica aquele determinado modelo.
Segundos os novos rumores, os primeiros processadores que já irão adotar este novo modelo serão o Intel Processor N100 and N200. Esses processadores devem ser equipados com até 8 núcleos de eficiência energética e apenas 1 de performance.
Esses novos processadores devem aparecer no mercado em 2023.
