Foi como uma bola de neve. A pandemia de covid-19 acelerou a transformação digital, que transformou a arquitetura de negócios e passou a exigir a transformação da infraestrutura de TI. Para ser uma organização com mindset digital, que é resiliente, ágil e confiável, a infraestrutura deve estar alinhada à estratégia digital da organização, permitir a implantação rápida de recursos, ser capaz de habilitar novos serviços dinamicamente e ter capacidades de automação e gestão inteligentes.
Nessa reconfiguração digital, as empresas devem considerar a utilização de Cloud Computing, Edge Computing e a interconexão entre nuvens, parceiros de negócios e demais elos da cadeia de valor. Essas foram algumas das conclusões apresentadas pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, durante o IDC Digital Roadshow Dynamic Enterprise Brasil, realizado em 24 de junho.
Segundo Luciano Saboia, gerente de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da
IDC Brasil, a pandemia fez com que os CIOs das empresas da América Latina passassem a investir fortemente nas áreas de TI em 2021, com
39% dos entrevistados pelo estudo
IDC Latin America IT Investment Trends 2021 afirmando que vão investir em computação em nuvem. A crise sanitária também mudou as estratégias centradas no cliente, sendo que, para 2022,
68% das companhias ouvidas querem aumentar a produtividade,
50% reduzir os custos,
41% fidelizar clientes e
36% introduzir novos produtos/ serviços.
“De 2008 a 2015, aumento da produtividade e fidelização dos clientes não figuravam na lista de prioridades das empresas que era liderada pela redução de custos, mas isso tem mudado nos últimos anos”, explica Saboia.
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Com essas mudanças, os modelos de nuvem híbrida gradativamente vão ganhando espaço nos orçamentos de TI das empresas. Segundo o estudo IDC Brazil Hybrid Cloud Study 2020, 48% das empresas ainda utilizam apenas o data center tradicional como formato de infraestrutura. “A sinalização positiva é que 52% das empresas utilizam algum tipo de nuvem como parte de sua infraestrutura digital, mesmo que combinando com o data center tradicional”, diz o gerente de pesquisas da IDC Brasil.
Saboia também destacou que 51% das empresas utilizam mais de um provedor de Cloud pública para IaaS (Infraestructure as a Service) e PaaS (Platform as a Service). “A interconexão é a palavra-chave para a empresa avançar em direção à comunicação com todo o ecossistema digital. Do ponto de vista de infraestrutura, a capacidade de integrar recursos por meio de provisionamento dinâmico e sob demanda traz a agilidade que as inovações exigem. Já sob a perspectiva do negócio, conexões padronizadas, rápidas e seguras simplificam o alinhamento com fornecedores, parceiros e outros integrantes da cadeia de valor, potencializando sinergias e resultados” .
Sobre o futuro da infraestrutura digital na América Latina, entre 2020 e 2024, a IDC observa crescimento de 43% para IaaS, 11% para Hyperconverged (Infraestrutura Hiperconvergente) e 4% para LCaaS (Local Cloud as a Service). Em 2024, 50% das empresas que utilizam Wi-Fi devem adotar o Wi-Fi 6.
Durante o IDC Digital Roadshow Dynamic Enterprise Brasil, Saboia também disse que a resiliência das empresas se baseia em uma infraestrutura digital que é distribuída e avança sobre múltiplos ambientes e que o volume de aplicações que utilizam inteligência artificial, machine learning ou IoT demandará Edge Computing para proporcionar mais agilidade onde as informações são geradas. Por fim, segundo o gerente de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Brasil, as empresas evoluem mais rapidamente quando não estão sozinhas, impulsionando um ecossistema de negócios que as acompanha.