Nesta quinta-feira (6) a IBM revelou o primeiro processador feito com o processo de fabricação Nanosheet de 2 nanômetros. Isso mesmo, 2 nanômetros! Atualmente, os processadores mais modernos são feitos usando um processo de litografia de 7 nanômetros. Mas já existem métodos de 5 e 3 nanômetros. A IBM é a primeira a conseguir atingir esse nível de miniaturização.
E qual a vantagem disso, exatamente? São duas. Os processadores feitos com o processo de fabricação Nanosheet podem ser até 45% mais rápidos que os chips de 7 nanômetros. Mas, caso a fabricante queira, ela pode produzir um processador com o mesmo desempenho de um chip de 7 nanômetros mas que consome 75% menos energia.
O desempenho de um processador é medido principalmente pela quantidade de transistores que ele possui. Só para você ter uma ideia, dê uma olhada na unha de um dos seus dedos. Agora imagine 50 bilhões de pontinhos nela. Conseguiu imaginar? É bem difícil, né? Pois é, um wafer do tamanho da sua unha é capaz de abrigar 50 bilhões de transistores!
Com esse processo de fabricação, a IBM é capaz não só de produzir processadores menores, mas também mais poderosos, mais confiáveis e com eficiência energética elevada.
Aplicação em todos os segmentos
A IBM ainda diz que esse tipo de chip poderá ser implementado em todos os segmentos de mercado, de celulares a servidores. Nos celulares os chips de 2 nanômetros podem aumentar a autonomia da bateria em até 4 vezes! Já pensou recarregar o seu smartphone apenas 2 vezes na semana? Isso pode ser possível.
Agora passando para o universo dos servidores e datacenters, esse chip minúsculo também pode ajudar a economizar energia. Estima-se que todos os servidores e datacenters do mundo sejam responsáveis por consumir mais ou menos 1% da energia de todo o planeta. Ao ser adotado os processadores de 2 nanômetros, esse consumo pode cair. E, com isso, as emissões de carbono também diminuirão. Ou seja, todo mundo sai ganhando.
Como dissemos, os futuros processadores de 2 nanômetros poderão ser aplicados em uma série de segmentos. Poderão aumentar o desempenho de notebooks, acelerar o aprendizado de inteligências artificiais, permitir que carros autônomos identifiquem obstáculos mais rapidamente e assim por diante.
Entretanto, teremos que esperar mais ou menos uns 4 anos para isso começar a acontecer. Primeiramente, os chips de 3 nanômetros devem ser introduzidos no mercado. Isso deve ocorrer no final de 2022. Depois disso, a IBM tentará firmar acordos de parcerias e/ou licenciamentos para uso do novo processador de 2 nanômetros. E só então ele começará a ser fabricado em massa, talvez por volta do final de 2024.
Fonte: Engadget
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