IA Generativa impulsionará mercado global para US$ 1,8 trilhão até 2030

IA Generativa impulsionará mercado global para US$ 1,8 trilhão até 2030

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem evoluído rapidamente, trazendo inovações que antes pareciam distantes da realidade. Entre as suas aplicações mais revolucionárias está a IA Generativa, ramificação da tecnologia capaz de criar textos, imagens, vídeos e até códigos de programação de forma autônoma. Segundo a Grandview Research, o mercado global de IA está projetado para crescer de US$196,63 bilhões em 2022 para US$1,81 trilhões até 2030.

IA Generativa utiliza algoritmos avançados que aprendem com grandes volumes de dados, gerando novos conteúdos a partir desses conhecimentos. No mundo corporativo, essa tecnologia vem sendo aplicada para criar soluções inovadoras, automatizar processos criativos e otimizar operações em áreas como marketing, design, atendimento ao cliente e desenvolvimento de produtos.

Gustavo Fortuna, Líder de Inteligência Artificial da BlueShift, destaca que sua adoção proporciona às empresas mais eficiência operacional, permitindo criar experiências inovadoras e personalizadas para os clientes. “Ao integrar essas soluções em seus processos, as empresas conseguem aumentar suas capacidades criativas e operacionais, o que impacta diretamente no sucesso de seus produtos e serviços”, afirma Fortuna.

Um exemplo prático de aplicação dessa inteligência criativa é o projeto Sofia, implementado pela MRV&CO em parceria com a BlueShift e utilizando o Microsoft Azure OpenAI Service. A construtora desenvolveu um chatbot inteligente, capaz de oferecer respostas mais naturais e personalizadas, atendendo às necessidades dos clientes.

Os resultados obtidos com a implantação da Sofia mostram o impacto positivo da IA no atendimento ao cliente. A taxa de conversão de leads dobrou, saltando de 20% para 40%, o que pode representar cerca de R$100 milhões no valor geral de vendas (VGV) anual, caso os negócios sejam concretizados.

Além disso, 93% das solicitações passaram a ser resolvidas automaticamente, sem a necessidade de intervenção humana, permitindo que os atendentes se concentrem em tarefas mais complexas e analíticas. O tempo de resposta inicial, que antes levava até duas horas, passou a ser imediato, e o processo de encaminhamento a um corretor foi reduzido de três dias para apenas alguns minutos.

No entanto, apesar dos inúmeros benefícios, é crucial que as empresas adotem estratégias bem definidas ao utilizar essa tecnologia. Um dos maiores riscos é o chamado “colapso de modelo“, que ocorre quando modelos de IA são treinados repetidamente com dados gerados por outros modelos, resultando em perda de precisão e qualidade. Para evitar isso, é fundamental garantir a diversidade dos dados usados no treinamento e contar com equipes capacitadas para monitorar os resultados.

“Estamos apenas começando a explorar todo o potencial da IA. À medida que mais empresas adotam essa tecnologia, veremos uma transformação na criação de produtos e prestação de serviços. O segredo está em usar essa inovação de maneira estratégica, complementando o talento humano e gerando valor real”, conclui o especialista.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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