Publicamos na semana passada o relatório divulgado pela Secure Data Recovery, companhia especializada em recuperação de dados, sobre a expectativa média de vida de HDs de 6 marcas diferentes (Hitachi, Samsung, Seagate, Toshiba, Western Digital e Maxtor).
Com base na amostragem de 2007 unidades, com capacidade entre 40 GB e 10 TB, a companhia chegou a conclusão que os modelos da japonesa Hitachi são mais propensos a falhas. Ainda no mesmo relatório, foram colhidos dados sobre a confiabilidade e resistências desses discos mecânicos.
A Secure Data Recovery aponta que HDs mais antigos, em termos de quando foram fabricados, são mais duráveis que as opções mais recentes utilizadas na análise. “Descobrimos que os cinco discos rígidos mais duráveis e resistentes de cada fabricante foram fabricados antes de 2015. Por outro lado, a maioria dos discos rígidos menos duráveis e resistentes de cada fabricante foi fabricado após 2015.
Há uma explicação para isso, que passa por ações deliberadas para tentar manter o mercado de HDs, de certa forma, relevante. A companhia cita, por exemplo, a questão do espaço físico. Os fabricantes limitam a largura dos pratos do dispositivo a 3,5 polegadas ou 2,5 polegadas para caber dentro do computador ou notebook.
Essa restrição de tamanho significa que os fabricantes devem encaixar mais componentes no mesmo espaço físico para obter mais espaço de armazenamento. O arranjo ultracompacto de cabeçotes e pratos de leitura e gravação dentro do gabinete reduz o espaço entre as partes móveis, parecendo afetar danos mecânicos e resistência ao desgaste.
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Outro detalhe observado pela Secure Data Recovery sobre as diferenças entre a durabilidade de discos antigos e os novos, é a mudança no método de gravação. “Em 2005, os fabricantes lançaram discos rígidos com gravação magnética convencional (CMR) para o público. CMR tinha densidades muito maiores do que os métodos de gravação tradicionais, permitindo o lançamento comercial de um disco rígido de 1 TB em 2007, pontua o relatório.
A Seagate foi a responsável por lançar os primeiros dispositivos com SMR (Shingled Magnetic Recording), que, comprovadamente, garante uma velocidade de escrita menor, quando comparado ao CMR. Em contrapartida, garante aos fabricantes a possibilidade de produzir HDs com capacidade que excedem 20 TB. “Priorizar as capacidades de armazenamento colocam os componentes sob mais estresse. O design do SMR deixa os pratos mais vulneráveis à degradação, impactando diretamente na durabilidade do HD”, diz a Secure Data Recovery.
Decisões de fabricação que acabam penalizando a durabilidade também podem ser observadas com os SSDs. A transição de mais bits por célula impactam na quantidade de vezes que a escrita de dados pode acontecer. A passagem de TLC para QLC, por exemplo, reduz para o consumidor o custo final da unidade, e potencializa o lançamento de SSDs com mais capacidade de armazenamento, mas sacrifica o desempenho e a durabilidade.
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