Nova proposta de lei visa endurecer penas para furto de celulares no Brasil

Projeto de lei do governo federal quer elevar penas para crimes envolvendo celulares, com foco em combater fraudes digitais e receptação.

O Governo federal apresentou nesta quinta-feira (25) ao Congresso um novo projeto de lei que mira diretamente os crimes envolvendo smartphones. Segundo o G1, o texto propõe o endurecimento das penas para furto, receptação e outras práticas criminosas ligadas a dispositivos móveis — hoje um dos alvos mais recorrentes em assaltos e golpes no Brasil.

A medida foi articulada após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União. Agora, o projeto segue para tramitação no Legislativo, onde ainda não há uma data definida para votação.

Até 50% a mais de pena em casos específicos

roubo celular

Entre os principais pontos da proposta está a criação de uma nova modalidade de furto qualificado, que será aplicada quando o crime for cometido com o objetivo de beneficiar terceiros ou como parte de esquemas de receptação.

Nesse cenário, a pena poderá variar de 2 a 8 anos de prisão, enquanto o furto simples permanece com pena entre 1 e 4 anos. A intenção é criar um desincentivo legal mais robusto para os criminosos que atuam em rede, abastecendo o mercado paralelo de celulares.

“O que torna isso lucrativo é o fato de ter pessoas explorando a atividade econômica de comercializar esses aparelhos e comercializar fios e cabos que são furtados. E o que o projeto faz? Ao invés de focar apenas em quem pratica esse crime, o projeto ataca a cadeia econômica que leva a esse tipo de crime. Ao atacar essa cadeia, a gente busca desestimular esse tipo de crime”, declarou Marivaldo Pereira, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça.

Receptação vira crime mais grave — com até 12 anos de prisão

Um dos trechos mais contundentes da nova proposta é a transformação da receptação comum em receptação qualificada. Quem comprar, revender ou ocultar smartphones roubados poderá enfrentar até 12 anos de reclusão — um salto considerável frente aos atuais 8 anos previstos na legislação vigente.

A estratégia do governo é clara: pressionar toda a cadeia do crime, desde quem comete o furto até quem movimenta os aparelhos no mercado ilegal. É uma tentativa de sufocar financeiramente essas redes.

O projeto, no entanto, não altera as penas para roubo com violência ou grave ameaça, como nos casos em que o criminoso usa arma de fogo ou intimida a vítima diretamente. Esses crimes já contam com penas de 4 a 10 anos, podendo ser ampliadas em até dois terços em situações agravantes.

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Editor-chefe no Hardware.com.br/GameVicio Aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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