Golpista se passa por Elon Musk e tira R$ 35 mil de advogada paulista

Golpista se passa por Elon Musk e tira R$ 35 mil de advogada paulista

Golpes onde o criminoso se faz passar por alguém famoso ou conhecido estão se tornando cada vez mais comuns, e esse caso mostra que as vítimas podem se tornar vulneráveis mesmo com alto nível educacional. Acontece que uma advogada de São Paulo passou por isso, sendo enganada por alguém se fazendo passar por Elon Musk.

Ela acabou se tornando um alvo para um esquema de fraude cibernética, perdendo cerca de R$ 35 mil para um estelionatário que fingia ser o bilionário, conhecido por ser dono da Tesla, SpaceX e, recentemente, do X (antigo Twitter). O criminoso, utilizando as redes sociais e aplicativos de mensagens, convenceu a advogada a investir em bitcoins, prometendo lucros significativos.

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Criminoso se fazia passar por Elon Musk

Elon Musk

De acordo com os autos do processo, a advogada foi contatada pelo golpista em maio de 2024 através das redes sociais X e Telegram. Usando contas falsas, @EMusk97623 (X) e @elon_musk6748 (Telegram), o estelionatário construiu uma narrativa elaborada, em inglês, sobre uma oportunidade de investimento em bitcoin que garantiria retornos expressivos.

Acreditando estar em contato com o verdadeiro Elon Musk, a advogada começou a transferir valores para um endereço de bitcoin fornecido pelo golpista. As remessas ocorreram entre os dias 22 de maio e 10 de junho, e só pararam quando ela desconfiou ao notar que a conta do “Musk” no X havia sido bloqueada.

Em uma tentativa de confirmar a identidade do suposto empresário, a advogada pediu uma chamada de vídeo, o que foi prontamente recusado. A resposta do criminoso foi manipuladora: “Se você não está preparada para enviar os recursos antes de ver o meu rosto, você não está pronta para retirar o seu dinheiro”.

O uso de inteligência artificial e a manipulação digital

Um dos aspectos mais preocupantes deste golpe foi que o criminoso usou de recursos de inteligência artificial (IA) para enganar a vítima. Segundo a advogada, o golpista utilizou fotos e vídeos manipulados em tempo real para criar a impressão de que ela estava, de fato, conversando com Elon Musk.

Esse uso de IA para simular identidades e enganar vítimas em tempo real infelizmente vem se tornando uma tendência nesses tipos de fraudes digitais, sendo uma ferramenta poderosa nas mãos de criminosos.

A IA já vem sendo utilizada para criar deepfakes, imagens e vídeos realistas de pessoas que nunca existiram ou representações falsas de figuras públicas. Esse tipo de tecnologia, se mal utilizada, pode gerar confusão e enganos, principalmente quando se trata de figuras altamente influentes e midiáticas, como Elon Musk.

Medidas judiciais e implicações

A advogada, ciente do golpe, buscou justiça. Na ação, ela pediu que as plataformas X e Telegram fornecessem dados que pudessem ajudar a identificar o estelionatário. O processo está sendo conduzido na 3ª Vara Cível Central de São Paulo.

Esse caso ocorreu em meio à recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a suspensão temporária do X no Brasil por não cumprir determinações judiciais.

Situações como essa levantam questionamentos sobre a responsabilidade das plataformas na contenção de atividades fraudulentas e sobre como o Brasil pode lidar com a segurança nas redes sociais, especialmente em casos de golpes e estelionatos envolvendo criptomoedas e inteligência artificial.

Fonte: UOL

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