O primeiro computador quântico totalmente operacional da Finlândia foi lançado hoje (30), fruto de uma parceria do Centro de Pesquisa Técnica da Finlândia, o VTT, com a startup IQM.
Esse computador quântico de 5 qubit (bit quântico) será usado para estudar a próxima geração de computadores, bem como aprender a construir mais máquinas com essa função.
Segundo o Centro de Pesquisa VTT, o desempenho computacional dos computadores quânticos permitem resolver problemas que superam a capacidade dos supercomputadores modernos.
O computador quântico revelado hoje (30) está no centro nacional de pesquisa em infraestrutura para micro e nanotecnologia da Finlândia.
Com 5 qubit, o computador quântico tem um poder de desempenho relativamente baixo para resolver problemas práticos. No entanto, esse computador quântico foi um teste para garantir sua funcionalidade.
O principal desafio em computação quântica é a escalabilidade. Físicos e engenheiros quânticos ao redor do mundo tentam descobrir como escalar hardwares para incluir milhares de qubits, escalando a produção de uma forma economicamente eficiente e, por fim, escalar os algoritmos e usar a computação quântica em aplicações reais.
Finlândia pretende lançar próximo computador quântico em 2024
O plano principal da Finlândia é lançar um computador quântico com 50 qubit em 2024.
Segundo Pekka Pursula, diretor técnico do VTT, os computadores quânticos serão utilizados, futuramente, para modelar vírus e medicamentos, por exemplo, ou desenvolver materiais cujas tecnologias de hoje não conseguem.
“O desenvolvimento da computação quântica afetará todas as indústrias. Nossa experiência em construir computadores quânticos, bem como nosso know-how em desenvolver algoritmos quânticos, nos ajudará, portanto, a desenvolver previsões quânticas para, por exemplo, identificar tendências futuras e auxiliar empresas na compreensão de como e quando seus negócios serão afetados”, afirmou Pursula.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, já afirmou que a computação quântica é uma das três tecnologias emergentes que irão “remodelar” o mundo. As outras duas são a inteligência artificial e a realidade aumentada.
Nadela aponta que, a longo prazo, computadores quânticos farão com que os supercomputadores mais modernos da atualidade sejam como ábacos.