A Comissão Federal de Comunicações (FCC), órgão regulador importante nos Estados Unidos, anunciou que atualizou o padrão para velocidades de banda larga. Agora, conforme as novas diretrizes, 100 Mbps de download e 20 Mbps de upload são consideradas as velocidades mínimas aceitáveis para a definição de banda larga.
Isso representa um avanço significativo e muito bem-vindo, pois é quatro vezes mais rápido do que o padrão estabelecido em 2015, quando a velocidade mínima era de apenas 25 Mbps de download e 3 Mbps de upload.
Leia também
Por que a velocidade de download do seu plano de internet é maior que a de upload?
Como entender os resultados do teste de velocidade da internet
A meta é que o padrão de banda larga seja 1 Gbps
A FCC entende que a velocidade mínima para ser considerada como banda larga tem que aumentar, já que a sociedade depende cada vez mais da Internet para realizar uma vasta gama de atividades diárias.
“O aumento do referencial de velocidade fixa da Comissão para a capacidade avançada de telecomunicações baseia-se nos padrões atualmente utilizados em vários programas federais e estaduais (como o Programa BEAD da NTIA e vários programas do USF), nos padrões de uso dos consumidores e no que está realmente disponível e comercializado pelos provedores de serviços de internet“, explicou a FCC.
Além disso, o relatório não deixa de lado visões ambiciosas para o futuro e traça uma meta futura de alcançar velocidades incríveis de 1 Gbps para download e 500 Mbps para upload para os cidadãos americanos. Contudo, ele mantém um certo suspense ao não especificar uma data exata para a realização dessa meta, deixando aberta a questão de quando essa velocidade dos sonhos se tornará o novo padrão.
Milhões de pessoas ainda não têm acesso à internet banda larga
É claro que precisamos de Internet mais rápida para trabalhar, ver filmes e jogar online. As exigências de largura de banda para aplicações modernas são cada vez maiores. Por exemplo, o Nvidia GeForce Now, uma plataforma de jogos em streaming, precisa de pelo menos 35 Mbps para rodar com qualidade adequada, enquanto a Netflix recomenda 15 Mbps para transmissão de filmes na altíssima resolução 4K.
O relatório aborda também questões como a acessibilidade à Internet, incluindo disponibilidade, custo, uso e igualdade de acesso. O governo dos EUA planeja investir US$ 42 bilhões para universalizar o acesso à Internet até 2030. Análises até dezembro de 2022 identificaram diversas situações:
- Cerca de 24 milhões de americanos, incluindo 28% em áreas rurais e 23% em terras tribais, não têm acesso à banda larga fixa (desconsiderando conexões via satélite);
- Aproximadamente 9% dos americanos, sendo 36% em áreas rurais e 20% em terras tribais, não estão cobertos pela rede móvel 5G-NR que oferece velocidades de 35/3 Mbps;
- Um total de 45 milhões de americanos não têm acesso nem ao serviço fixo de 100/20 Mbps, nem ao serviço móvel 5G-NR de 35/3 Mbps;
- De acordo com o novo padrão estabelecido para as escolas, que é de 1 Gbps por cada 1.000 alunos e funcionários, impressionantes 74% das escolas já alcançaram essa meta desejável.
Para muitos, 100 Mbps são suficientes para as atividades online diárias, mas em áreas remotas, alcançar essa velocidade pode ser difícil ou caro. A FCC destaca a importância de preço, uso, disponibilidade e acesso justo na avaliação da banda larga. Com esses dados, governos podem planejar como levar Internet de alta qualidade a mais regiões, visto que a demanda por conectividade superou a telefonia fixa, tornando essencial o acesso à Internet rápida e acessível para casas, trabalho e educação.
Fonte: FCC via Tom’s Hardware
Deixe seu comentário