Recorrendo a um novo software de uma empresa israelense chamada Cellebrite, o FBI conseguiu acessar o smartphone de Mattew Crooks, homem de 20 anos responsável pelos disparos contra o ex-presidente Donald Trump durante comício na Pensilvânia, no último sábado (13), resultando em ferimentos ao ex-chefe de estado e em mais duas pessoas, além da morte de Corey Comperatore, chefe do Corpo de Bombeiros Voluntários de Buffalo Township.
Aparelho do autor dos dispararos era da Samsung
Crooks, morto pelo Serviço Secreto norte-americano, utilizava um smartphone recente da Samsung, o modelo não foi mencionado. Os detalhes sobre o acesso ao aparelho de Crooks foram mencionados numa reportagem da Bloomberg, que teve acesso aos dados da investigação do ocorrido. Fundamental para o auxílio na descoberta de detalhes que podem ajudar a entender os motivos por trás da ação do atirador, o FBI tentou acessar o aparelho, mas ele estava bloqueado.
Desbloqueio em 40 minutos
Inicialmente, houve uma tentativa de desbloqueio no escritório do FBI em Pittsburg, utilizando softwares próprios, mas os agentes não obtiveram êxito. Dada a importância do caso, o aparelho foi enviado ao escritório do FBI em Quantico, Virgínia. Lá, os agentes conseguiram realizar o desbloqueio utilizando um software da empresa Cellebrite. O desbloqueio foi realizado em 40 minutos. A complexidade na invasão ao celular tem relação com a plataforma Knox da Samsung, que reforça o sistema de seus aparelhos contra esse tipo de violação.
Caso o autor dos disparos tivesse usado um iPhone, o andamento das investigações poderia ser ainda mais complexo, já que a Cellebrite é incapaz de desbloquear os aparelhos da Apple que rodam o iOS 17.4 ou superior. Em algumas investigações, o desbloqueio de smartphones pode levar meses.
Segundo a Associated Press, Crooks tinha fotos de Donal Trump em seu telefone, assim como imagens do presidente Joe Biden e de outras autoridades.
