De lado aqueles que acreditam que a evolução da Inteligência Artificial e aprendizado da máquina causará uma revolução gigantesca no mercado de trabalho, e que isso não significa robôs tomando a dianteira e sim uma transformação dos postos de trabalho, e que novas oportunidades surgirão para os humanos, do outro lado a visão mais radical que iremos nos tornar apenas meros coadjuvantes de um “império high-tech”.
Independente de que lado você está, há um consenso: a convivência com a máquina e seus recursos cada vez mais avançados, e que sim, colocam na cabeça do empresário se a substituição de humanos por sistemas automatizados não seria o melhor cenário. E em muitos casos não é só uma probabilidade, já está sendo aplicado, como, por exemplo o setor de atendimento ou bancário, que já estão cortando massivamente postos de trabalho devido a melhor relação custo x benefício oferecida pelos nossos colegas artificiais. Dados do Gartner apontam que em 2020 85% dos centros de atendimento ao cliente serão virtuais.
E isso é só o começo, uma fase ainda bem inicial do que a revolução da inteligência artificial e internet das coisas pode causar. Marcello Miguel, Diretor Executivo de Marketing e negócios da Embratel cita o conceito Indústrias 4.0 para classificar essa grande revolução causada pela automação no setor industrial. “Tecnologias como Internet das Coisas e a Computação em Nuvem estão revolucionando o modo de produção industrial, no processo que chamamos de Indústria 4.0 ou quarta Revolução Industrial. Neste novo modelo de indústria, as linhas de produção passam a ser cada vez automatizadas, com dispositivos conectados que se tornam responsáveis por processos como controle da produção, por meio de comandos programados a partir da coleta e troca de dados entre as máquinas. Montadoras de carros, por exemplo, utilizam dispositivos conectados para a comunicação entre sistemas e máquinas, sem interação humana, agilizando a produção dos carros e agregando mais valor ao produto final. A Indústria 4.0 prevê o uso das tecnologias para prevenção de falhas, mudança de processos e autonomia do controle de produção. O aumento da produtividade e a redução de custos são consequência da adoção da nova tecnologia ao processo fabril”
Fazer previsões é sempre algo arriscado, há sempre uma chance gigantesca de acontecer o “efeito Cisne Negro”, o inesperado tomar a frente, mas quando o assunto é esse embate entre humanos x máquinas, alguns parecem estar muito seguros do que dizem, e algumas dessas previsões são bem ousadas, mas pegando a velocidade das mudanças do mundo de hoje graças a tecnologia, acabam se tornando cabíveis. Kai-Fu Le, fundador da empresa de capital de risco chinesa Sinovation Ventures, diz que em um período de 10 anos 50% dos empregos que atualmente pertencem aos humanos irão para as máquinas.
O estudo “The Future of Jobs”, da World Economic Forum, diz que mais de 5 milhões de empregos serão realizados por máquinas até 2020, e ainda cita quais seriam os primeiros empregos repassados para as máquinas.
– Motoristas de caminhão
– Operários da construção civil
– Profissionais do setor jurídico
– Profissionais da área médica
– Contadores
– Jornalistas
– Vendedores
A transição dessas profissões para as máquinas em um curto período serão parciais, mas ao decorrer dos anos o percentual de atuação dos humanos será ainda mais baixo. O estudo acredita que, por exemplo, 39% dos empregos do setor jurídico em um período de 3 anos serão automatizados.
Numa palestra de 2013 para o TED, o economista Andrew McAfee diz que no mundo que estamos criando muito rapidamente, vamos ver cada vez mais coisas que se parecem com ficção científica, e cada vez menos coisas que se parecem com empregos. Nossos carros irão rapidamente começar a se dirigir sozinhos, o que significa que vamos precisar de menos motoristas de caminhão. Vamos juntar Siri com Watson e usar isso para automatizar muito do trabalho que é feito atualmente por representantes de atendimento ao cliente solucionadores de problemas e diagnosticadores, e já estamos pegando o R2D2,pintando-o de laranja, e colocando-o para trabalhar carregando prateleiras em depósitos, o que significa que precisamos de bem menos pessoas andando de um lado para o outro naqueles corredores.
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