Essas são as senhas que você não deveria usar de jeito nenhum

Essas são as senhas que você não deveria usar de jeito nenhum

O gerenciador de senhas NordPass divulgou sua lista anual das senhas mais populares, e os resultados são, no mínimo, desanimadores. Em um mundo onde a segurança digital vem sendo cada vez mais citada, a falta de criatividade das pessoas ao criar senhas impressiona.

Pelo segundo ano consecutivo, “123456” ficou no topo da lista, deixando claro que muitos usuários continuam simplesmente ignorando as práticas básicas de segurança online.

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Por que tantas pessoas escolhem as mesmas senhas?

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Infelizmente essa tendência de repetir as mesmas senhas fracas, como sequências numéricas simples ou palavras fáceis, não é nova. Em cinco das seis edições do relatório da NordPass, a senha “123456” liderou a lista, sendo superada apenas em 2022, quando “password” assumiu o primeiro lugar. Isso mostra que, mesmo que as ameaças digitais aumentem, muitos usuários ainda mantêm senhas previsíveis e de fácil acesso para hackers.

Provavelmente a justificativa para essa escolha preguiçosa está simplesmente na facilidade e rapidez. Isso porque teoricamente essas senhas simples permitem um acesso mais rápido, sem precisar se preocupar em ficar lembrando de combinações mais complexas. Mas isso tem um preço.

Esse hábito acaba deixando as informações dos usuários extremamente vulneráveis. Especialistas em segurança alertam que senhas como “123456” podem ser descobertas em milissegundos por programas de hackers, colocando em risco dados pessoais e informações financeiras.

Senhas variam entre interesses e até por regiões

Analisando a lista de senhas populares, percebemos que muitas pessoas optam por combinações que acabam refletindo sentimentos ou interesses pessoais. Entre as mais comuns estão “iloveyou” (eu te amo) e até mesmo “fuckyou” (vá se ferrar), mostrando que emoções são uma inspiração frequente.

Outras senhas populares revelam gostos e interesses variados, como “pokemon”, “naruto”, “samsung” e “minecraft”. Além disso, nomes como “michelle” e “ashley” também aparecem no ranking, sugerindo que alguns preferem usar nomes de pessoas queridas ou até o próprio nome, o que, de fato, é uma prática de risco.

Cada país apresenta variações interessantes na escolha das senhas. No Reino Unido, por exemplo, “liverpool” é uma das senhas mais usadas, provavelmente em referência ao popular time de futebol inglês. Na Austrália, uma senha popular é “lizottes”, nome de um restaurante e local de música ao vivo que agora se chama Flamingos Live. Já em países como Finlândia e Hungria, senhas comuns são “salasana” e “jelszo”, que literalmente significam “senha” em finlandês e húngaro, respectivamente.

No caso do Brasil, além das que são comuns para várias regiões, a única palavra totalmente brasileira que entrou na lista foi “brasil”.

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Como a NordPass coleta esses dados?

Para fazer seu relatório, a NordPass usa uma base de dados de 2,5 terabytes de “fontes publicamente disponíveis”, muitas delas encontradas na dark web. Isso significa que esses dados são extraídos de brechas e vazamentos de segurança já divulgados, o que permite à NordPass mapear quais senhas são mais usadas globalmente.

Este tipo de análise é um alerta importante, mostrando que, além das senhas simples serem facilmente quebradas, também são comumente encontradas em vazamentos massivos de dados.

Abaixo, estão as senhas mais utilizadas, segundo o relatório da NordPass:

  1. 123456
  2. 123456789
  3. 12345678
  4. password
  5. qwerty123
  6. qwerty1
  7. 111111
  8. 12345
  9. secret
  10. 123123

Essas combinações não oferecem segurança suficiente para as ameaças atuais. Por isso, é fundamental substituir senhas simples por opções mais seguras e exclusivas.

Dicas para criar senhas mais seguras

Se a sua senha está entre as mais populares, como “123456” ou “password”, chegou o momento de mudar para algo mais seguro. Em vez de escolher sequências óbvias e previsíveis como “123456” ou “qwerty123”, o ideal é misturar letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos para dificultar o acesso de invasores. Outra estratégia é usar combinações únicas, como uma frase curta ou palavras desconexas, que tornam a senha mais forte e menos previsível.

Para quem prefere mais praticidade, ferramentas como o próprio NordPass são ótimas para gerar e armazenar senhas fortes e exclusivas para cada conta, além de considerarem chaves de acesso (ou passkeys) como uma alternativa ainda mais segura às senhas tradicionais. Também é importante lembrar de trocar suas senhas com frequência, já que mesmo combinações fortes podem ser expostas em vazamentos de dados, e trocar com frequência aumenta sua segurança online.

Fonte: NordPass

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