O canal no Youtube The PC Security, focado em conteúdo sobre cibersegurança, publicou um vídeo em que é feita uma comparação sobre o comportamento de duas versões do Windows em relação à coleta de dados. Windows XP x Windows 11. 20 anos separam essas versões do sistema da Microsoft, o que mudou de lá pra cá em relação ao comportamento da telemetria? É justamente esse o ponto que o vídeo aborda.
Munido do software Wireshark, amplamente conhecido quando o assunto são aplicações para análise de tráfego da rede, o youtuber fez uma instalação limpa do Windows XP e do Windows 11. Lembrando que, quando falamos de uma análise baseada em uma instalação limpa do sistema, significa que as conclusões serão consideram o que de mais “puro” o sistema pode oferecer, nenhuma aplicação foi inserida no sistema.
Esse filtro é fundamental para entender quais são as requisições externas que o sistema se conecta após sua instalação. Com o Wireshark aberto, mais um filtro foi aplicado. A listagem será apenas por DNS, garantindo exatamente os nomes dos sites em que o sistema está estabelecendo alguma ligação.
Como já era previsível, iniciar uma instalação limpa do Windows 11 é ter a garantia que a Microsoft estabelecerá conexão com outros de seus serviços, como o de imagens, site MSN e ao Bing. Na lista também aparece serviços de terceiros. Steam, McAffee e ScorecardReaserch.com da Comscore estão na lista. Além de ser uma fonte altamente rentável para a Microsoft em termos de venda de licença, o Windows é uma mina de dados explorada por serviços publicitários e empresas ligadas a análise de mercado.
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Por mais que o usuário siga com cuidado todas as etapas em relação ao processo de desabilitar as diversas maneiras como os dados podem ser enviados, o sistema ainda endereçará certas informações para algumas corporações, parceiras de negócios da Microsoft.
Passando para o Windows XP, lançado em 2001, e que figura entre uma das versões mais emblemáticas da história dos softwares de massa, a análise do PC Security mostra que a única grande requisição de tráfego observada é para o Windows Update. Além das próprias evoluções em termos de recurso e integração com a web, a comparação entre versões tão distantes do Windows também revela a mudança significativa de comportamento da coleta de dados. Definitivamente em 2023 dados tem muito mais valor do que em 2001.
Em declaração enviada ao Tom’s Hardware, o porta-voz da Microsoft disse o seguinte sobre a análise do PC Security:
“Como acontece com qualquer sistema operacional moderno, os usuários podem esperar ver os dados fluindo para ajudá-los a permanecer seguros, atualizados e manter o sistema funcionando conforme o previsto. Estamos comprometidos com a transparência e publicamos informações regularmente sobre os dados que coletamos para capacitar os clientes a serem mais informados sobre sua privacidade”, conclui.
O vídeo do PC Security encerra com a seguinte pergunta: o que você acha da diferença entre o tráfego observado no Windows XP e o de uma versão atual do sistema. Você acha que isso é um progresso ou um retrocesso em termos de como o sistema trabalha para o usuário.
Usando essa pergunta como gancho, gostaríamos que você comentasse abaixo qual sua opinião sobre a coleta de dados, não somente no Windows, mas como uma prática que é cada vez mais intensa. É algo que te preocupa?