Infelizmente o “vírus sequestrador”, o ransomware veio para ficar, e a cada ano que passa a tendência de crescimento é ainda mais significativa. Em 2016 vimos diversos casos que envolvem essa ameaça, talvez um dos mais diferentes foi a demonstração dos pesquisadores da Pen Test Partners, que provaram que um ransomware pode invadir um termostato, e ameaçar que o usuário faça um pagamento em bitcoin. Esse caso foi tão assustador que se realmente esse ataque tivesse sido feito por um ciberciminoso ele poderia controlar a temperatura do aparelho para criar pânico e forçar o usuário a pagar o tal resgate.
Em 2017, os ataques de ransomware nesses dispositivos que se encaixam na categoria de Internet das Coisas será intensificado. Isso é o que diz a ESET, conhecida pelo antivírus NOD32, no relatório de tendências de segurança para 2017. A companhia diz que se 2016 foi o ano do ransomware, em 2017 será o ano que essa ameaça irá se proliferar para outros dispositivos, tentando assumir o controle para arrancar dinheiro das vítimas.
Stephen Cobb, pesquisador chefe de segurança da ESET, diz que o próximo passo do ransomware é uma transformação para RoT, Ransomware of Things, isto é, o “ransomware das coisas”, infectando toda essa nova gama de devices que no passado não tinham conexão com à internet, mas que hoje em dia desfrutam desse recursos, como, por exemplo, essa geladeira da LG, que roda o Windows 10.
A ESET diz que o trabalho para que as pessoas deixem de ser o elo mais fraco tem que continuar. Caso contrário continuaremos com uma tecnologia de ponta, mas com conceitos de segurança de 10 anos atrás.
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Embora os recursos de segurança de diversos dispositivos de ioT sejam fraquíssimos, como no caso do termostato citado no inicio da matéria, é impressionante como as pessoas continuam seguindo os mesmos maus hábitos de navegação, como usar senhas fracas e clicar em links desconhecidos.
Em 2016 um dos setores que mais recebeu ataques por ransomware foram os relacionados à saúde, e a ESET diz que em 2017 o número de ataques será ainda maior. Centros médicos e os monitores de atividade física são um grande atrativo para os ciberciminosos, já que o nível de segurança costuma ser baixo, porém o estrago que pode ser feito é gigantesco.