A quem ainda duvide que a tecnologia vestível veio para ficar, esses dispositivos subdivido em relógios, pulseiras e mais um monte de apetrechos inteligentes representaram 4,6 milhões de unidades vendidas. Os dispositivos baseados no Android Wear, vertente do sistema do Google para essa categoria representaram 720.000 apetrechos. O Android Wear não teve um bom começo, depois de ter sido anunciado no ano passado apenas alguns modelos se destacaram como o Moto 360 e o LG G Watch R, o que ocasionou um impulso moderado nas vendas.
O caminho do Android Wer no mercado ficará ainda mais difícil devido ao lançamento do Apple Watch, relógio inteligente da empresa da maça, que provavelmente chegará ao mercado em abril. Segundo um analista da JP Morgan, a Apple irá vender 26 milhões de unidades do seu relógio ainda em 2015. Agora imagine a seguinte situação com a Apple entrando de vez no mercado de wearables quanto que o Google irá perder com isso. Até agora o mercado de dispositivos vestíveis sofreu oscilações e agora apresenta uma estabilidade mas com pleno potencial de crescimento e esse crescimento virá através do Apple Watch, a legião de fãs que acompanham a Apple em sua jornada irão com certeza apoiar mais essa empreitada da empresa, seja por status ou não.
E com esse franco crescimento abre portas em grande escala para a publicidade online é claro. Diversos anunciantes já estão pensando em como veicular anúncios nesses dispositivos. No caso de um smartwatch por exemplo ao chegar em algum local, você receberá uma mensagem com o indicativo de algum restaurante ou atração interessante recomendada por algum dos seus amigos do Facebook por exemplo. Fora a questão da utilidade em alguns casos como o das práticas esportivas, não irá demorar muito para empresas que investem em monitores de batimento cardíaco comecem a perder de forma agressiva o faturamento graças ao smartwatch. Hoje em dia o sensor de batimentos cardíacos ainda é muito impressivo na grande maioria desses relógios, mas é uma questão de tempo até que seja aprimorado.
E não para por aí, num ótimo texto publicado no ano passado pelo site Talking New Media, já apontava que algumas editoras já estão pensando em lançar edições digitais dos seus livros voltados para smartwatches. Por mais bizarro que possa parecer de acordo com um dos executivos de uma dessas editoras interessadas a ingressar nesse mercado os consumidores não se importam com o tamanho da tela e que o relógio exiba uma palavra por vez o que eles querem é que o conteúdo chegue nos mais variados dispositivos, inclusive os vestíveis.
Medidas como essa irão abranger grande parte das linhas editoriais, isso não ficará restrito a livros, algumas revistas americanas também já estão produzindo alguns exemplares para as telas minúsculas ( em média 1,3 centímetros) dos smartwatches..
Em 2015 os Werables irão ganhar ainda mais força, em grande parte pelo lançamento da Apple como também pela iniciativa de outras empresas como a Intel que apresentou na 8º edição da Campus Party o Edison, um microcomputador que tem o tamanho de um cartão de memória, equipado com um processador SoC Intel Atom dual-core de 22 nanômetros e 500 MHz e um micro controlador Intel Quark de 32 bits a 100 MHz, com suporte para desenvolvimento em Arduino e C/C++. Com essa iniciativa podemos esperar dispositivos inteligentes ainda mais inteligentes possibilitando que o nível de todos os produtos vestíveis aumente.
Vamos aguardar todas as surpresas que esses dispositivos irão trazer para este ano. Você tem algum dispositivo vestível? Aprova a ideia? Deixe seu comentário abaixo.
Fonte(s): Talking New Media, Next Power UP