O bilionário Elon Musk entrou com um novo processo contra a OpenAI na última sexta-feira (29), em um tribunal federal dos Estados Unidos. A ação busca impedir que a startup continue operando como uma empresa com fins lucrativos, alegando que isso desvirtua o propósito original da organização. Musk também acusa a desenvolvedora do ChatGPT de práticas anticompetitivas e violações de regras antitruste.
Mudança no modelo de negócios
De acordo com os advogados de Musk, a OpenAI abandonou sua missão inicial de desenvolver inteligência artificial de forma aberta e acessível para todos. A transição para um modelo de negócios com foco em lucro teria alterado os planos originalmente traçados pelos fundadores.
Vale lembrar que Musk foi um dos cofundadores da OpenAI, mas deixou a diretoria da companhia em 2018. Segundo a nova ação, a startup estaria desencorajando investidores a colocarem dinheiro em outras empresas de IA. Um dos financiadores, inclusive, teria desistido de investir na xAI, a nova companhia de IA de Musk, devido a essa suposta persuasão.
Acusações contra a Microsoft e violações antitruste
O processo também inclui alegações de que a OpenAI estaria obtendo informações privilegiadas por meio de sua parceria com a Microsoft, uma de suas principais investidoras. Isso violaria regras antitruste, segundo a denúncia.
Outro pedido destacado na ação é que a OpenAI torne seu modelo de IA de código aberto, como originalmente previsto. O processo conta ainda com Shivon Zilis, executivo da Neuralink, como coautor.
Elon Musk também já deixou claro que, em sua visão, a aproximação da OpenAI com a Microsoft minou a missão original da empresa, de criação de tecnologias de código aberto, que não estivessem a serviço de um negócio com o modelo da empresa fundada por Bill Gates e Paul Allen.
Em memorando vazado em março, odiretor de estratégia da OpenAI, Jason Kwon, declarou que a postura de Musk comprova que ele está arrependindo por não estar mais envolvido com a empresa.
O que diz a OpenAI?
Além da OpenAI, outros nomes foram citados na ação, como Greg Brockman, um dos cofundadores da startup; Reid Hoffman, membro do conselho do LinkedIn; e a executiva da Microsoft, Dee Templeton.
Em nota enviada ao Engadget, a OpenAI rebateu as acusações e criticou o histórico de Musk de apresentar queixas repetitivas. “A quarta tentativa de Elon, que novamente recicla as mesmas reclamações infundadas, continua a ser totalmente sem mérito”, afirmou o porta-voz da startup
