Este título bombástico e até um pouco ofensivo é a conclusão de um review do Galaxy Note no BGR. O galaxy Note é um aparelho que está sendo vendido no Brasil com um grande esforço de marketing, assim como nos EUA. Embora o volume de vendas ainda seja modesto, a Samsung está tentando transformá-lo em um sucesso de vendas, repetindo as cifras do Galaxy S II.
No papel, o Galaxy Note é de fato um concorrente muito forte, com um SoC Dual-Cortex A9, com uma GPU Mali 400MP, uma câmera bastante forte de 8 MP, uma tela de 5.3″ e 1280×800 e, no caso da versão avaliada, suporte ao 4G LTE disponível nos EUA através da AT&T. Ainda assim o analista o considerou quase inutilizável.
O ponto principal explorado por ele é o tamanho. Uma tela de 5.3″ é certamente muito espaçosa, principalmente quando combinada com o aumento na resolução (equivalente à usada na maioria dos notebooks) mas ele chama a atenção para o fato de que ele é muito grande para ser usado confortavelmente com uma mão, ou mesmo com duas mãos e você se sentirá ridículo ao usá-lo para chamadas de voz.
Esta análise custa e grossa chama a atenção para a diferença básica entre os smartphones e tablets, que é o tamanho da tela e a consequente mudança na ergonomia. Embora muitos fabricantes ainda estejam testando o mercado com aparelhos com telas de 5″ ou mais, tudo indica que os smartphones estabilizarão nas telas de 4″ ou 4.3″ nos modelos high-end e telas de 3.7″ ou menos nos modelos mid-range, com os tablets oferecendo telas de 7″ ou mais. Com qualquer coisa acima de 4.3″, temos um aparelho muito grande para um smartphone, e com qualquer coisa abaixo de 7″ temos um aparelho muito pequeno para um tablet.
A faixa entre os 5″ e 6″ são reservados aos “elos perdidos”, dispositivos que tentam ficar no meio do caminho e que por isso acabam ficando restritos a nichos específicos. Tudo indica que o Galaxy Note entrará nesta categoria, atendendo bem a usuários que querem um mini-tablet que seja capaz de fazer também ligações de voz, mas frustrando os demais.