Esse é um típico caso onde a tecnologia é usada para o bem. Hoje em dia, temos tanto acesso a tecnologia e informação que acabamos usando tudo isso de uma forma banal, que às vezes não beneficia nem a nós mesmos. Mas agora vamos ler um caso diferente.
No Sudeste da Ásia, especialmente em comunidades e tribos isoladas, a propagação de doenças infecciosas é muito fácil e letal. Sem hospitais equipados, com a falta de informação e em condições ideais para as doenças, várias infecções se espalham facilmente por lá. Mas agora os cientistas querem ter uma noção detalhada de quais áreas são mais atingidas e, para fazer isso sem precisar efetivamente se deslocar até lá, algo que certamente levaria tempo e custaria muito dinheiro, eles estão usando drones. Isso mesmo, drones. Aeronaves não tripuladas e de pequeno porte que podem ser controladas remotamente.
Neste artigo da revista científica Live Science, podemos ler sobre o trabalho do professor Chris Drakeley e outros da London School of Hygiene and Tropical Medicine. O drone em questão tem a função de monitorar a propagação da malária que é causada por um parasita em particular, que infecta principalmente macacos mas que as autoridades de saúde da região já relataram inúmeras vezes infectar também humanos. Com os drones, os professores mapeiam o uso da terra na região e, aplicando localizadores GPS em humanos e macacos eles conseguem ter uma noção exata de como a doença está se propagando.
O parasita que eles estão monitorando é o Plamodium knowlesi, que infecta macacos mas que há alguns anos está afetando também humanos. O drone senseFlu eBee, usado para esta operação, é equipado com uma câmera de 16 megapixels que cria mapas e modelos digitais do terreno e vegetação nas proximidades de comunidades isoladas com muitos casos de malária. Para aumentar ainda mais as chances de um monitoramento 100% certeiro, os pesquisadores estão colocando nos habitantes das pequenas vilas dispositivos GPS para detectar seu posicionamento, bem como em alguns macacos. Por meio do uso desses três métodos eles conseguem criar um mapa detalhado dos casos de infecção da doença e, também, da forma como ela pode chegar até essas comunidades.
Fica aqui mais um exemplo claro de como a tecnologia pode ser usada mais em favor da humanida do que contra, tudo depende da sua intenção. Drones são comumente usados para fazer a segurança de determinadas áreas e até mesmo para combater terroristas. Na internet é possível encontrar vários vídeos de drones matando terroristas à distância. Neste caso em especial, os drones lutam não contra pessoas, mas contra doenças letais. Que outros exemplos assim se repitam. Para ler o artigo completo com todos os detalhes da operação, em inglês, basta clicar neste link.