A China acaba de revelar uma tecnologia que parece saída de um filme de ficção científica — e que pode mudar o jogo da espionagem moderna. Pesquisadores do país apresentaram um microdrone com formato e tamanho semelhantes ao de um mosquito, projetado para missões de reconhecimento em áreas de difícil acesso.
O dispositivo, minúsculo a ponto de caber entre dois dedos, foi desenvolvido pela Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia de Defesa, localizada em Hunan. A apresentação oficial foi transmitida pela emissora estatal CCTV 7 e repercutida pelo South China Morning Post, com destaque para a demonstração feita pelo estudante Liang Hexiang, que evidenciou a escala reduzida e o potencial estratégico da tecnologia.
Como funciona o drone-mosquito?
The Chinese military unveils a tiny drone the size of a mosquito.
The creators believe such a drone is nearly impossible to detect, making it ideal for reconnaissance. A compact handheld device is all that’s needed for control.
China is ahead of the rest of the world… pic.twitter.com/thfCzIcchy
— Alexeï (@jeanlol67573289) June 21, 2025
Segundo as informações divulgadas, existem ao menos dois protótipos em desenvolvimento. Um deles utiliza duas asas; outro modelo mais avançado opera com quatro asas e pode ser controlado remotamente por smartphones. A estrutura ultracompacta sugere limitações naturais de bateria e sensores, mas permite infiltração em ambientes onde drones convencionais jamais chegariam.
Mesmo com escassez de detalhes técnicos, o simples fato de o projeto estar em exibição pública já revela que a China está investindo seriamente em microtecnologia voltada para operações de inteligência.
Potenciais civis e militares: do campo de batalha ao resgate de vítimas
Embora o uso militar seja evidente — espionagem, reconhecimento e infiltração —, as aplicações civis também chamam atenção. Microdrones como este podem ser utilizados em operações de busca e salvamento, principalmente em áreas colapsadas por terremotos ou inacessíveis por humanos. A presença de uma câmera ou sensor térmico embutido, mesmo em escala mínima, pode ajudar a localizar sobreviventes sem colocar equipes de resgate em risco.
A grande barreira? A autonomia energética. Sem uma bateria que garanta tempo de voo suficiente para cumprir a missão e retornar — ou ao menos transmitir dados em tempo real —, a utilidade do equipamento permanece limitada. Por ora, não há confirmação de uso ativo em campo, o que indica que a tecnologia ainda está em fase de testes e refinamento.
O cenário global: miniaturização como tendência
O movimento chinês não acontece isoladamente. Em várias partes do mundo, laboratórios civis e militares exploram projetos similares. Um exemplo curioso: entusiastas já imprimem drones VTOL em 3D capazes de voar até 130 milhas com uma única carga — o que mostra que a corrida pela miniaturização está cada vez mais acessível.
A tecnologia levanta, inevitavelmente, alertas sobre privacidade. Imagine um dispositivo desse porte sobrevoando uma área urbana sem ser percebido. A linha entre segurança e invasão nunca foi tão tênue.
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