Disney fecha setor de metaverso em demissão em massa de 7.000 funcionários

Disney fecha setor de metaverso em demissão em massa de 7.000 funcionários

A gigante do entretenimento, Disney, anunciou o encerramento de seu setor de metaverso, chamado “Next Generation Storytelling“. O fim da divisão é parte de um plano de demissão em massa que afetará aproximadamente 7.000 funcionários.

A empresa pretendia criar uma nova experiência utilizando seu vasto portfólio de personagens, marcas e franquias, mas decidiu abandonar o projeto.

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Disney é mais uma empresa a desistir do metaverso

Disney Metaverso
Metaverso da Disney não vingou

A divisão de metaverso contava com cerca de 50 funcionários, incluindo Mark Bozon, ex-diretor da Apple Arcade, que liderava a visão criativa do projeto. A Disney buscava explorar novas formas de contar histórias e proporcionar experiências imersivas, aproveitando suas propriedades intelectuais, como Piratas do Caribe e Frozen.

O fechamento do setor de metaverso ocorre em um momento em que outras empresas, como a Microsoft, também se afastam de projetos semelhantes. A Microsoft, por exemplo, demitiu sua divisão responsável pelos óculos de realidade virtual e aumentada.

Atualmente, apenas a Meta, anteriormente conhecida como Facebook, continua a investir pesadamente no conceito de metaverso como forma de entretenimento e lazer. A Nvidia, por sua vez, busca aplicá-lo a propósitos mais profissionais com o Omniverse.

Metaverso não era prioridade para a Disney

Disney Metaverso
Metaverso era visto como algo secundário na empresa

As demissões na Disney estão programadas para acontecer em três rodadas, visando reduzir custos em cerca de US$ 5,5 bilhões. A decisão ocorreu após Bob Iger assumir o cargo de CEO da empresa em novembro do ano passado, substituindo Bob Chapek.

Embora a Disney tenha encerrado seu projeto de metaverso, o CEO Bob Iger mantém sua conexão com a tecnologia de realidade virtual. Ele faz parte do conselho da Genies Inc., uma startup que desenvolve avatares para redes sociais, como Instagram e iMessage. No entanto, Iger teve de tomar decisões difíceis para reestruturar a Disney, colocando a inovação em metaverso em segundo plano.

A equipe do setor de metaverso estava trabalhando em possíveis aplicações que incluíam esportes de fantasia, atrações para parques temáticos e outras experiências voltadas ao consumidor. Ainda não está claro se alguma dessas ideias será retomada no futuro ou se a empresa seguirá em uma direção diferente.

Metaverso cada vez mais distante de engrenar

Metaverso
Jovens têm pouco interesse no metaverso

A situação atual serve como um lembrete de que nem todas as empresas conseguem concretizar suas ambições em todas as áreas, mesmo aquelas gigantes. Até mesmo a Meta, que foi a empresa que mais acreditou no metaverso, enfrentou dificuldades para construir as bases para esta tecnologia.Bons exemplos são o fracasso do lançamento do Meta Quest Pro e o prejuízo operacional de US$ 13,72 bilhões de sua divisão Reality Labs no ano passado.

Apesar do encerramento do setor de metaverso na Disney, a discussão sobre o futuro dessa tecnologia e seu potencial impacto na indústria do entretenimento certamente continuará. Aproveite para compartilhar sua opinião nos comentários: você acredita que o metaverso será o futuro do entretenimento ou é apenas uma tendência passageira?

Fontes: The Verge e The Wall Street Journal

Sobre o Autor

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Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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