Os streamings parecem estar em uma corrida para impedir o compartilhamento de senha, e algo que começou com a Netflix agora começa a surgir em outros serviços, sendo o mais novo deles a Disney+.
O próprio CEO da empresa, Bob Iger, revelou a novidade durante uma teleconferência de resultados. Segundo ele, atualmente o compartilhamento de senhas está muito alto, então eles deverão tomar alguma medida para conter isso ainda esse ano.
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De acordo com Bob Iger, eles já têm “capacidade técnica para monitorar grande parte disso”, e embora ele tenha se recusado a dar um número específico desses dados, deixou bem claro que ele é significativo.
Com isso, o próximo passo da empresa é trazer formas de evitar esses compartilhamentos de senhas, que passará a entrar em vigor no ano que vem. Porém, ele deixou claro que em 2024 eles começarão a ver alguns efeitos dessas mudanças, porém ela não estará completa, o que significa que será algo a longo prazo.
Essa é uma das formas que a Disney busca para tornar seu serviço de streaming mais lucrativo. Antes eles já tinham anunciado que vão cortar os gastos com alguns conteúdos, oferecer uma opção de assinatura mais barata e com anúncios, e até mesmo algumas promoções.
Netflix começando uma onda
A Disney+ não foi a primeira e nem será a única plataforma a conter o compartilhamento de senhas.
A Netflix foi pioneira na implementação de medidas para combater o compartilhamento de senhas, como uma resposta ao estagnamento do crescimento de assinantes em 2022 e à necessidade de aumentar a receita. A Netflix, assim como o Disney+, introduziu um plano mais econômico com suporte a anúncios.
Em julho, a Netflix anunciou a adição de 5,9 milhões de novos clientes durante o segundo trimestre, à medida que suas medidas de combate ao compartilhamento de senhas começaram a ser eficazes nos Estados Unidos. A empresa já havia revelado anteriormente que mais de 100 milhões de domicílios, representando cerca de 43% de sua base global de usuários, compartilhavam contas, o que afetou sua capacidade de investir em novo conteúdo.
A Netflix iniciou a implementação dessas iniciativas de compartilhamento de contas globalmente, notificando seus clientes nos Estados Unidos em maio sobre a necessidade de cessar o compartilhamento de contas. Os assinantes que compartilhavam contas tinham algumas opções, incluindo a transferência de perfis fora de sua residência ou o pagamento de uma taxa adicional de US$ 7,99 por mês por pessoa fora de sua residência.
Disney aumenta preços de algumas assinaturas
A Disney possui sob seu guarda-chuva três serviços de streaming distintos: o Disney+, o Hulu e o ESPN+. Além disso, oferecem um pacote que inclui os três serviços a um preço mais acessível. A empresa anunciou previamente sua intenção de criar uma “experiência de aplicativo única” nos Estados Unidos, que integraria o conteúdo do Hulu ao Disney+, embora as opções independentes ainda estejam disponíveis.
Recentemente, a Disney revelou que iria aumentar os preços em quase todos os seus serviços de streaming. A assinatura do Disney+ sem anúncios passará a custar US$ 13,99 por mês nos Estados Unidos, representando um aumento de 27%. Já o preço do Hulu sem anúncios será ajustado para US$ 17,99 por mês, o que corresponde a um aumento de 20%. Os planos com anúncios do Hulu e Disney+ permanecerão inalterados.
Bob Iger, um dos executivos da empresa, destacou a importância da publicidade como uma maneira fundamental de atingir lucratividade. Quanto ao impacto dessas mudanças nos preços sobre o crescimento de assinantes, a empresa não possui informações claras, embora acredite que haverá algum impacto. Iger enfatizou que essa mudança representa uma oportunidade para expandir os negócios.
Não foram divulgados detalhes sobre os métodos que a Disney adotará para lidar com o compartilhamento de contas.
Fonte: cnbc
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