O mercado ilegal de smartphones no Brasil movimentou, nos últimos anos, revelou a Receita Federal. Um painel interativo recém-lançado pela Receita Federal revelou que só os celulares apreendidos somaram impressionantes R$ 485,8 milhões em valor. Esse tipo de dispositivo já ocupa o segundo lugar no ranking de produtos contrabandeados, ficando atrás apenas dos cigarros, tradicionais campeões de apreensões no país.
Onde o problema é mais grave? Fronteiras viram foco do contrabando
Os dados mostram um padrão geográfico claro: Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo lideram o número de apreensões. Não por acaso, dois desses estados fazem fronteira com países do Mercosul, o que transforma rodovias e cidades próximas em corredores estratégicos para o crime organizado. As autoridades têm intensificado as operações nessas regiões para conter a entrada de produtos ilegais.
Mais de R$ 2 bilhões em mercadorias apreendidas no período
Entre 2023 e 2025, as operações de fiscalização da Receita Federal resultaram na apreensão de mais de R$ 2,3 bilhões em mercadorias ilegais. Além dos smartphones, os itens mais comuns incluem eletrônicos diversos, bebidas alcoólicas, agrotóxicos irregulares e roupas falsificadas. Isso evidencia a capacidade das redes criminosas em se adaptar e explorar brechas no sistema de controle.
O novo painel da Receita é parte de um movimento maior de transparência e conscientização. Ao tornar os dados acessíveis a todos, o órgão busca envolver a sociedade no combate ao contrabando e mostrar o verdadeiro custo dessas práticas: não apenas para os cofres públicos, mas para a segurança e o desenvolvimento do país. O contrabando, afinal, costuma caminhar lado a lado com outras formas de crime organizado, alimentando uma cadeia de ilegalidades que vai muito além do ato de vender um produto sem nota fiscal.