Parece que estamos nos aproximando cada vez mais do futuro que costumamos ver em filmes de ficção científica. Recentemente, celebridades estão usando ferramentas de inteligência artificial (IA) para criar clones digitais de si mesmas.
Mas por que elas estão fazendo isso? Esses avatares são usados em campanhas de marketing e até mesmo em shows. Eles estão mudando a forma como as celebridades interagem com seus fãs e com o mundo em geral.
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Clones digitais serão usados em campanhas publicitárias
A tecnologia de IA permite que as celebridades sejam substituídas por suas cópias digitais em campanhas publicitárias, economizando tempo e esforço. Em vez de passar horas ou dias posando para fotos e vídeos, as celebridades agora precisam apenas passar alguns minutos em um estúdio com um scanner 3D.
Este scanner é capaz de criar representações praticamente ilimitadas de suas imagens. Tais imagens podem ser modificadas para se conectar melhor com o público.
Um bom exemplo disso é o lançamento de uma nova linha de produtos de moda com a imagem do jogador Neymar. O “menino Ney” apareceu no evento em Nova York como um avatar 3D criado por IA através do software MetaHuman. Este software, que faz parte da ferramenta Unreal Engine da Epic Games, foi originalmente projetado para criar personagens realistas de videogames.
Diversas celebridades já “aderiram” à moda
Outras celebridades também estão explorando essa tecnologia. A Metaphysic, por exemplo, usou a IA para criar um anúncio promovendo a marca de barbeadores Procter & Gamble com a imagem rejuvenescida do ex-jogador da NFL, Deion Sanders.
No cinema, a mesma empresa assinou um contrato para rejuvenescer digitalmente Tom Hanks e Robin Wright para o filme “Here”, dirigido por Robert Zemeckis.
Além disso, a tecnologia de IA também está sendo usada para criar dublês virtuais que podem interagir com os fãs de maneira autônoma. O ex-jogador de basquete da NBA, Carmelo Anthony, por exemplo, teve um dublê interativo criado pela Soul Machines. Este dublê interage digitalmente com seus seguidores no Instagram, TikTok, Twitter e YouTube.
No vídeo abaixo você pode ver o ex-atleta interagindo com o seu avatar digital:
Preocupação com deepfakes
No entanto, a criação de clones digitais não está isenta de preocupações. O rapper Will.i.am, que também teve um dublê digital criado pela Soul Machines, expressou preocupação com a tecnologia de deepfake, que pode ser usada para fins maliciosos.
O receio do rapper foi exposto durante uma entrevista para a revista Fast Company, onde ele disse:
“É emocionante e assustador observar a si mesmo de perto, enquanto minha dupla digital se move como eu, soa como eu e fala nos mesmos padrões que eu. A preocupação em criar uma réplica digital perfeita de mim, incluindo minha voz, gira em torno da categoria emergente de tecnologia de vídeo deepfake.”
Para evitar falas indevidas dos dublês virtuais, a Soul Machines realiza entrevistas para captar as características vocais das celebridades e verificar como elas responderiam a determinadas perguntas.
Will.i.am também participou de uma série documental do YouTube Originals chamada de The Age of AI (A Era da IA – tradução literal). A série, que é apresentada pelo Homem de Ferro, quer dizer, pelo Robert Downey Jr., está disponível na íntegra no YouTube. Você pode assistir ao primeiro episódio abaixo:
Fonte: Fast Company e Wall Street Journal
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